Introdução: As doenças cerebrovasculares como o AVE tem como um dos principais fatores de risco o aumento da idade. O AVE é um problema de saúde pública mundial de alta mortalidade, podendo comprometer de forma significante a capacidade funcional e interferir na realização das AVDs. Diante disso, o objetivo foi avaliar o grau de dependência funcional e seu impacto na qualidade de vida de indivíduos acometidos por AVE em fase crônica. Metodologia: Tratou-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, com uma amostra de 34 indivíduos de ambos os sexos. Os dados sociodemográficos, clínicos e hábitos de vida foram coletados através de uma ficha de avaliação; o estadiamento através da escala de Rankin modificada; para avaliar a espasticidade utilizou-se a Escala de Ashworth Modificada; a funcionalidade foi avaliada pelo índice de Barthel e a Qualidade de vida pela Escala Específica de Qualidade de Vida (EQVE-AVE). Os dados obtidos foram submetidos a uma análise estatística através do Graph Pad Prism versão 5.0. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Estácio de Alagoas. Resultados e Discussão: Verificou-se que os indivíduos apresentaram idade variando entre 26 e 85 anos e média de 62,8 ± 13,2 anos, onde 55,8% eram do gênero feminino. Quanto ao tipo de AVE, verificou-se que 24 (70,58%) tratavam-se de indivíduos sem registro da informação, 8 (23,52%) eram isquêmicos e 2 (5,88 %) hemorrágicos. Em relação à prática de atividade física, 9 (26,47%) indivíduos praticavam e 25 (73,52%) eram sedentários. Observou-se que 41,17% dos entrevistados apresentaram incapacidade leve e 12 (35,29%) apresentam grau 1 de espasticidade.. Ao avaliar dependência funcional, a amostra apresentou uma dependência moderada (41,1 ± 7,9). Evidenciou-se, ainda, que os indivíduos apresentaram uma qualidade de vida média onde os domínios trabalho (7,70 ± 3,8), papel familiar (8,29 ± 3,2), energia (9,41 ± 4,1) e personalidade (9,47 ± 4,6) foram os mais afetados. A correlação entre os resultados do Índice de Barthel e o EQVE-AVE mostrou uma correlação negativa e fraca entre os valores totais das duas escalas (r= -0,3367; p= 0,051). Também foi possível observar uma fraca correlação negativa significante (p