A doença de Alzheimer é uma das formas mais comuns de demência observada em indivíduos com mais de 60 anos e que se caracteriza como uma doença degenerativa, progressiva, incapacitante, que afeta os tecidos cerebrais devido à atrofia e deposição de placas de proteína beta-amiloide (placas senis) e emaranhados neurofibrilares. Ela ocasiona esquecimento e evolui até perda total de função, sendo dessa forma, considerado um grave problema de saúde para idosos e famílias, devido às respostas cognitivas desadaptadas, lesão cerebral extensa no percurso da doença, além da perda da autonomia e capacidade decisória, além de afetar o funcionamento ocupacional e social de cada indivíduo. Com relação ao tratamento medicamentoso existem vários fármacos usados para tratar a doença como os inibidores de acetilcolina, antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos, que são prescritos com base nos sintomas comportamentais ou psicóticos que frequentemente coexistem com os sintomas de Alzheimer. A inclusão de tratamentos terapêuticos não farmacológicos vem ganhando dimensões enormes em relação ao tratamento da doença de Alzheimer. A música também tem sido sugerida como uma abordagem terapêutica não invasiva para pacientes com Alzheimer. O principal objetivo deste estudo foi analisar a contextualização da musicoterapia como tratamento de idosos portadores de Alzheimer de acordo com a produção científica entre os anos de 2011-2017. Tratou-se de uma revisão integrativa determinada como método de revisão bibliográfica, caracterizada pelo resumo da literatura anterior de base empírica ou teórica para maior compreensão de um fenômeno. Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde-LILACS; Medical Literature Analysis and Retrieval System Online-MEDLINE; Base de Dados de Enfermagem-BDENF; e biblioteca virtual Scientific Electronic Library Online-SciELO. O universo inicial para análise foi de 38 publicações brasileiras, nas quais após identificação dos artigos e a leitura dos resumos, seguindo os critérios de inclusão e exclusão, resultou numa base empírica de 15 artigos para análise, levaram a afirmar que a musicoterapia como forma de tratamento não farmacológico possui ação eficaz no tratamento de Alzheimer, comprovou-se que a memória musical ainda permanece preservada nos mais diversos estágios da doença segundo estudos feitos por ressonância magnética no lobo temporal afetado pela doença e que a música ajuda na diminuição dos efeitos da doença como estresse e agressividade além de possibilitar a liberação de recall autobiográfico do paciente e liberar a memória a longo prazo preservada no contexto musical. Desse modo, observou-se com esse estudo que a musicoterapia no tratamento da Doença de Alzheimer é um mecanismo conscientemente importante, eficiente eficaz no que diz respeito a recall autobiográfico, construção de memórias pré-definidas e métodos de diminuição de estresse e agressividades proeminentes da doença. Além disso, devido a sua eficiência e por ser um tratamento não farmacológico, a música vem ganhando perfil importante dentre as pesquisas internacionais e produzindo resultados sustentáveis no tratamento da doença. A harmonia e junção de ritmos formados pelos mais diversos tipos de instrumentos provoca uma gama de sentimentos nos idosos portadores de Alzheimer bem como lembranças e memórias até então consideradas impossíveis principalmente para estágios avançados da doença.