Introdução: O envelhecimento é um processo natural que acomete os indivíduos no decorrer de suas vidas, podendo trazer alterações em seu organismo, decorrentes do declínio das funções fisiológicas, e o aumento do risco de desenvolvimento de Desordens Neurodegenerativas (DNs), como a Doença de Parkinson. Nessa doença, quanto aos aspectos fonoaudiológicos, há alteração na motricidade das estruturas e nas funções relacionadas à fala, mastigação, deglutição, respiração, fonação e execução da linguagem escrita. O objetivo deste trabalho é descrever os resultados da intervenção fonoaudiológica em um paciente com doença de Parkinson. Método: Trata-se de um relato de caso de um paciente do sexo masculino, de 64 anos, com doença de Parkinson, acompanhado numa clínica escola de fonoaudiologia. Foram realizadas as avaliações da dinâmica respiratória e perceptivo-auditiva da voz, pré e pós-terapia fonoaudiológica com o objetivo de obter os parâmetros vocais e compará-los posteriormente. A intervenção fonoaudiológica teve como objetivo fortalecer as habilidades de fala e comunicação e ocorreu no período de março a junho de 2017, totalizando 12 sessões que ocorreram uma vez por semana, com o tempo médio de 40 minutos. Resultados e Discussão: Com os parâmetros vocais comparados pré e pós-terapia, obtive-se os seguintes resultados: melhora da resistência vocal, diminuição da rugosidade na voz, ressonância equilibrada, aumento da e da gama tonal, melhora do ritmo e velocidade de fala e articulação mais precisa. Para além dos ganhos funcionais da voz, o paciente voltou a trabalhar como comerciante, o que exige dele uma comunicação efetiva, e no contexto familiar, refere estar cada vez mais inserido nas conversas e atividades diárias feitas em família. Conclusões: Este estudo de caso mostrou que a terapia fonoaudiológica resultou em melhora da comunicação oral de um paciente com Doença de Parkinson A reinserção social do paciente foi o principal ganho da intervenção, pois a melhora da qualidade vocal o possibilitou a retomar atividades que dantes estavam limitadas pela dificuldade do paciente em comunicar-se efetivamente.