A baixa adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos principais fatores que contribui para a persistência de valores elevados da pressão arterial, o que pode aumentar o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e assim causar complicações graves de saúde e em muitos casos levar ao óbito. O objetivo do presente trabalho foi verificar a adesão ao tratamento farmacológico da HAS em idosos adstritos à atenção primária a saúde. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, realizado em duas Estratégias Saúde da Família em um município da região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Para verificar a adesão ao tratamento foi utilizado o teste Brief Medication Questionaire (BMQ). Participaram do estudo 115 hipertensos, desses, 74 (64,3%) apresentaram alta adesão. No total 44,3% (51) dos hipertensos apresentaram níveis pressóricos acima do recomentado, entre os hipertensos aderentes ao tratamento, a maioria apresentou PA dentro do ideal (n=58, 78,4%), com diferença significativa entre os grupos. A não adesão ao tratamento implica em risco de 21,14 (IC: 7,56 – 59,09) vezes de não controlar a PA. Em relação a médias da PA, o grupo com baixa adesão apresentou valores pressóricos mais elevados. A falta de adesão ao tratamento medicamentoso para a HAS é um dos fatores que influenciam no controle da pressão arterial. Nesse sentido a identificação da conduta não aderente é fundamental para o um tratamento farmacológico eficaz, ainda, o uso de métodos indiretos, tais como questionários são uma opção de baixo custo e de fácil aplicabilidade na atenção básica.