Introdução: Nas últimas décadas, o cenário demográfico aponta uma transição demográfica e se caracterizando pelo aumento do número de idosos, e por conseqüência a diminuição dos demais grupos etários. Esse aumento e as complexas as alterações que causam e influenciam o envelhecimento acarretaram grandes dificuldades no de cuidar das pessoas idosas, a partir desses processos há o surgimento das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), conhecidas como abrigo, asilo, casa de repouso. O objetivo do estudo é caracterizar o perfil e as doenças crônicas dos idosos do sexo masculino residentes em uma ILPI da cidade de Vitória de Santo Antão. Metodologia: O estudo é do tipo exploratório, descritivo e quantitativo. Foi realizado em uma ILPI, de natureza filantrópica, denominada “Casa dos Pobres” no município de Vitória de Santo Antão, no estado do Pernambuco, Brasil. A coleta de dados foi realizada pela pesquisadora através da análise de 18 prontuários de residentes idosos, do sexo masculino, com idade igual ou superior a 60 anos após autorização e permissão da gerencia do serviço. Resultados: Participaram da pesquisa 18 idosos do sexo masculino, os quais possuíam variação de idade de 60 a 87 anos, e em sua maioria, apresentavam o estado civil solteiro. Quanto ao local de origem, mais de 38% tinha procedência do município de Vitória de Santo Antão enquanto os demais eram procedentes de cidades circunvizinhas, entre elas, Glória do Goitá e Moreno. O tempo de permanência no abrigo, variou de 2 meses a 13 anos e 5 meses, sendo o maior percentual os idosos residentes há menos que um ano. Dos idosos, 50% foram levados ao abrigo por familiares. As doenças mais prevalentes foram a Hipertensão Arterial Sistêmica e a Diabetes Melito tipo 2, com 77,78% e 50%, respectivamente. Dessa forma, é possível observar que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis são as principais causas de morbidade e incapacidade. Conclusão: É de extrema importância conhecer o perfil dos idosos residentes na ILPI, tendo que vista que o envelhecimento traz, por si só, complicações e morbidades. Acrescido a isso, os desafios de da institucionalização, como as perdas de laços familiares e vínculos afetivos, além da mudança de hábitos e rotinas, desencadeiam mais ainda o desgaste e o declínio dos indivíduos.