RESUMO
Introdução: A Estimulação cerebral profunda (ECP) é uma técnica cirúrgica que vem sendo resgatada e estudada como opção terapêutica nas doenças neurológicas. Na doença de Parkinson, em especial, tem demonstrado diversas vantagens nos pacientes refratários ao uso de medicação. Objetivo: Avaliar as indicações e benefícios da ECP como medida terapêutica na doença de Parkinson a fim de instituí-la o quanto antes nos casos em que houver indicação. Métodos: Foram revisados 13 artigos que abordam aspectos relevantes para a intervenção cirúrgica como idade e considerações anatômicas e outros que relatam melhora dos sintomas da doença e qualidade de vida após o procedimento. Resultados: Dos 13 artigos estudados, 4 relatam aspectos de indicação para adoção da intervenção cirúrgica como uma boa alternativa em pacientes bem selecionados e 9 relatam os benefícios após a realização da cirurgia através de acompanhamento médico e psicológico dos pacientes. A análise de todos os artigos da pesquisa revelou que em 76% dos aspectos abordados houve benefícios quando comparados aos riscos. Conclusão: A estimulação cerebral profunda é uma intervenção segura e que traz benefícios, principalmente aos sintomas motores da doença de Parkinson. Para o sucesso da ECP é importante ter confiança no diagnóstico, presença de sintomas mínimos não motores, principalmente declínio cognitivo e depressão, o paciente deve ter mínimas alterações clínicas, suporte social de forma razoável e conscientização sobre a necessidade das responsabilidades com uma terapia complexa. Conclui-se que, quando bem indicada, a ECP é mais eficaz que o tratamento medicamentoso isolado.