Introdução: o crescimento de vítimas de homicídios do segmento populacional de idosos possui relação direta ao aumento de indivíduos nesta faixa etária. Objetivo: avaliar os homicídios perpetrados contra mulheres idosas, as diferenças entre as regiões brasileiras e influências sociodemográficas e econômicas no período de 2003 a 2012. Metodologia: estudo descritivo do tipo ecológico para reconhecimento das variações regionais, temporais e relações socioeconômicas dos óbitos em idosas no Brasil. Resultados: observou-se variação significativa da taxa média de homicídios em idosas entre as regiões brasileiras sem diferenças relevantes quanto às faixas etárias observadas, associadas ao aumento significativo desta taxa no ano de 2006 seguida de redução no ano de 2007, não havendo relações significativas com os indicadores socioeconômicos. Discussão: as idosas emergem em meio ao cenário dos homicídios como grupo de eminente vulnerabilidade tornando-as predispostas aos mais variados tipos de violência e consequentemente ao homicídio, além de estarem contidas no grupo populacional que sofre presumível interferência das relações de gênero provenientes de uma cultura patriarcal nos mais variados aspectos de vida. Conclusão: o estudo evidenciou diferenças regionais consideráveis nas taxas de homicídio em idosas no período estudado com tendência temporal de oscilação e redução no ultimo ano avaliado, não havendo variações significativas entre as faixas etárias analisadas e possibilidade de constatação que as taxas de homicídio em idosas sofreram influência dos elementos socioeconômicos considerados.