Com a diminuição da taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida, pode-se verificar mudanças no perfil epidemiológico da população brasileira, aumentando significativamente o número de idosos. Este cenário implica na necessidade de envelhecer com qualidade de vida, prevenindo o surgimento de doenças e promovendo um envelhecimento saudável. Estudos epidemiológicos em idosos indicam que os distúrbios nutricionais estão relacionados com risco de morbidade e mortalidade. Desse modo, o objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional e a composição corporal de idosos institucionalizados e não institucionalizados participantes de grupos de convivência do município de Santa Maria, RS. Foram incluídos no estudo os indivíduos maiores de 60 anos, sexo masculino e feminino, que estavam se alimentando por via oral e que aceitaram participar da pesquisa. Para a avaliação do estado nutricional e da composição corporal, a população foi submetida à avaliação antropométrica na qual foram mensurados o peso (Kg), através de balança digital Filizola®, a estatura (m) utilizando estadiômetro portátil Sanny®, a massa muscular (Kg) e massa gordurosa (kg) através de bioimpedância elétrica bipolar Omron® modelo HBF306, e a circunferência abdominal através de fita métrica. A classificação do estado nutricional foi realizada pelo Índice de Massa Corpórea (IMC), calculado pela razão entre o peso e a altura ao quadrado do indivíduo. Participaram do estudo 33 idosos, sendo desses 10 indivíduos de instituições de longa permanência e 23 indivíduos não institucionalizados participantes de grupos de convivência. A partir dos resultados obtidos no estudo, pode-se observar que os idosos institucionalizados e os idosos não institucionalizados participantes de grupos de convivência apresentaram valores reduzidos de massa muscular, valores aumentados de massa gordurosa e circunferência abdominal, os quais são alterações da composição corporal características do processo de envelhecimento. Apesar disso, os valores de composição corporal entre os grupos apresentaram-se semelhantes, não existindo diferença significativa (p > 0,05). Ainda, os elevados valores de IMC, caracterizando predominantemente o estado nutricional de sobrepeso entre os idosos, e de circunferência abdominal, em ambos em grupos de idosos institucionalizados e não institucionalizados, consistem em risco para muitos agravos à saúde, especialmente na incidência de doenças crônicas não transmissíveis como doenças cardiovasculares.