Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o aumento na expectativa de vida associado à significativas quedas nas taxas de fertilidade, levam ao rápido envelhecimento da população mundial. O envelhecimento é associado ao acúmulo de uma grande variedade de danos moleculares e celulares, tais danos deflagram em perda gradual das reservas fisiológicas, aumentando o risco de contrair doenças, bem como, no declínio geral na capacidade intrínseca do indivíduo. Logo, com a perda da funcionalidade o idoso fica suscetível a situações desvantajosas que afetam sua qualidade de vida, como hospitalização, institucionalização e morte, tendo repercussões sociais e econômicas. Nessa perspectiva, esse estudo tem por objetivo descrever o perfil epidemiológico das principais causas de internações hospitalares de idosos no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, realizado com base em dados das internações hospitalares em idosos com 60 anos e mais, registrados no Brasil, no período de 2012 a 2016. Resultados e discussão: foram registrados 13.463.790 internações hospitalares de idosos com 60 anos e mais, por capítulo da Classificação Internacional de Doenças em sua 10ª revisão (CID-10), o que corresponde a 23,9% das internações por todas as faixas etárias no Brasil. A região sudeste (43,7%) teve o maior percentual de internações seguida pela região nordeste (23,5%), enquanto a região norte (5,2%) teve o menor percentual. No que se refere à distribuição das causas das internações no país temos como as principais as doenças do aparelho circulatório (24,2%), respiratório (15%), neoplasias (10,4%) e do aparelho digestório (10,3%). Os idosos de 60 a 69 anos sãos responsáveis pela maior porcentagem de internações (42,4%). A distribuição das principais causas de internações para ambos os sexos foi semelhante à distribuição para os idosos em geral Conclusão: Verificou-se que as principais causas de internações hospitalares em idosos foram doenças do aparelho circulatório, respiratório, neoplasias e do aparelho digestório, com predomínio maior entre indivíduos do sexo masculino na faixa etária de 60 a 69 anos. Pode-se conjecturar que as diferenças regionais apresentada se dá em virtude do tipo de acesso, a qualidade e disponibilidade de serviços de saúde disponíveis, bem como ao próprio envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida, que são influenciados pelas condições sociodemográficas de cada região.