Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 40 anos, a população idosa vai triplicar no País e passará de 19,6 milhões (10% da população brasileira), em 2010, para 66,5 milhões de pessoas, em 2050 (29,3%). Nesse contexto destaca-se o homem idoso que defronta-se com entraves tanto sociais e econômicos quanto físicos, como os inerentes a faixa etária, relacionados ao sistema geniturinário notadamente aqueles que acometem a próstata. Como o índice de morbimortalidade dos homens era bastante elevado em relação ao da mulher, esse fato Ministério da Saúde então criou em 27 de agosto de 2009, a Politica Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem que foi firmada através da portaria GM 1944. Com base no déficit de adesão do homem na Atenção Básica entendeu-se que sua ausência é fator gerador de complicações futuras em vários sistemas do organismo, notadamente o geniturinário. Nesse contexto, o presente estudo teve o seguinte questionamento: Quais as dificuldades encontradas pelo enfermeiro na detecção precoce da hiperplasia benigna prostática na atenção básica? Os objetivos do estudo foram identificar os fatores que influenciam a ausência do homem idoso na procura pela unidade básica de saúde e detectar as dificuldades encontradas pelo enfermeiro na assistência à saúde do homem idoso na prevenção da hiperplasia benigna prostática na unidade básica de saúde.Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura com busca na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e na coleção Scientific Electronic Library Online sendo utilizados como critérios de inclusão artigos completos, disponibilizados nos idiomas português e espanhol, publicados do ano de 2009 a 2015 contendo os descritores “atenção primaria à saúde”, “enfermagem em saúde publica”, “hiperplasia prostática benigna”, “saúde do homem" e "saúde do idoso”. As dificuldades encontradas pelo enfermeiro para prestar a assistência ao homem idoso unidade básica de saúde deve-se principalmente ao pensamento retrógrado que persiste mesmo diante do risco de acometimento pela doença. A falta de capacitação das questões relativas à saúde do homem idoso pelos profissionais das estratégias de saúde da família é outra limitação encontrada para poder realizar o diagnostico precoce da hiperplasia prostática benigna e suas complicações. Conclui-se a partir dos estudos que as questões de gênero principalmente relacionadas a melhor idade ainda devem ser mais discutidas entre os componentes da sociedade com o intuito de aproximar o homem idoso das ações e serviços ofertados na atenção básica e assim diminuir a morbimortalidade.