O envelhecimento da população brasileira vem ocorrendo de forma acelerada nos últimos anos. Programas de Fisioterapia Domiciliar vêm crescendo em diversos países como o Brasil, e são inúmeros os motivos que levam o paciente ou sua família a optar por esse tipo de atendimento, desde uma incapacidade físico-funcional, como uma restrição ao leito. Considerando o aumento da longevidade associado ao envelhecimento populacional no Brasil e as alterações estruturais e funcionais do envelhecimento com o evoluir da idade, torna-se relevante pesquisas direcionadas para tal temática para estruturação de programas de prevenção e tomada de decisão terapêutica na área da Fisioterapia Domiciliar com abordagem interdisciplinar. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar o idoso frágil de um programa de atendimento de fisioterapia domiciliar do setor público em uma cidade do nordeste brasileiro quanto aos aspectos sociodemográficos. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e com abordagem quantitativa com idosos assistidos no Programa de Assistência Domiciliar ao Idoso Frágil (PADIF) em São Luís, Maranhão realizado no período de abril a setembro de 2014. Os critérios de inclusão foram: indivíduos do gênero masculino e feminino, com idade igual ou superior a 60 anos, cadastrados e em acompanhamento no PADIF que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram excluídos da pesquisa: Aqueles não referentes ao período do estudo e/ou que rejeitarem assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Para a coleta de dados foi utilizada a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa que é um instrumento disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Os dados foram avaliados pelo programa estatístico IBM SPSS Statistics 20 (2011) sendo feito gráficos e as tabelas de frequência das variáveis analisadas. Verificou-se 75,9% pertencem ao gênero feminino. A idade variou de 61 a 106 anos e prevalência para os idosos longevos (58,2%). A cor parda foi a mais referida correspondendo à 50,4% no grupos estudado. Os dados referentes ao estado civil mostraram que 42,6 % dos idosos do setor privado eram viúvos. A maior incidência dos idosos com baixa escolaridade (até quatro anos de estudo) foi de 35,5%. Quanto às atividades econômicas no grupo investigado encontra-se maior predominância de idosos aposentados (80,1%). A renda mensal dos entrevistados evidenciou que a maioria (75,9%) recebe um salário mínimo. A distribuição do número de pessoas residente no mesmo domicílio dos idosos corresponde de dois a quatro pessoas (48,9%). O arranjo familiar mostrou maior predominância dos idosos (70,9%) residindo com seus familiares. A maioria dos idosos refere acompanhante no domicílio na maior parte do dia, relacionando-se com o relato de 80,9% dos idosos. 80,9% dos idosos referem necessidade de cuidados diários para suas atividades básicas de vida diária. Os resultados encontrados evidenciaram que a maioria dos idosos do programa tinha 80 anos ou mais, viúvos, de cor parda, com baixa escolaridade (até quatro anos de estudo), aposentados, renda mensal de um salário mínimo e com necessidade de cuidados diários para atividades básicas de vida diária.