Introdução: as últimas décadas estão sendo marcadas por um aumento gradativo da população idosa, sendo a depressão o principal transtorno mental que acomete este público, reforçando a necessidade de medidas que reduzam sua incidência. Objetivo: avaliar a depressão em idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família antes e após a implementação de intervenções multidimensionais. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e comparativo, tendo como amostra 118 idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família de Natal e Santa Cruz (Rio Grande do Norte/Brasil). A pesquisa consistiu em três fases: coleta de dados, utilizando os instrumentos de caracterização sociodemográfica e Escala de Depressão Geriátrica (GDS-30); análise dos dados, empregando os testes de normalidade (Kolmogorov-Smirnof) e Qui-quadrado (referência para análise de significância p-valor <0,05); e planejamento das estratégias, momento no qual houve inicialmente a divisão igualitária da amostra em dois grupos: intervenção e controle. Resultados e Discussão: predominaram idosos do sexo feminino (83,1%), com até 71 anos (72,8%), baixa escolaridade (50,0%) e portadores de doenças crônicas (94,9%). No grupo intervenção houve um aumento na ausência de sintomas depressivos (13,4%) e diminuição dos sintomas leves e graves (10% e 3,3%, respectivamente), ocorrendo significância entre o 1º e o 2º momento (p=0,050). Com isso, evidencia-se uma forte tendência de que tais ações reduzam a presença de manifestações depressivas nesse público. Conclusão: A depressão em idosos cadastrados na ESF diminuiu após a implementação de intervenções multidimensionais, reforçando a necessidade dessas na Atenção Primária, bem como, de estudos mais aprofundados sobre o tema.