O envelhecimento desenvolve diversas mudanças no ser humano, não só por causa das perdas biológicas, mas também as modificações significativas nas posições e papeis sociais, ocorrendo a diminuição de atividades realizadas, por isso, é importante considerar abordagens que tragam benefícios ao desenvolvimento psicossocial do idoso e otimização das suas relações com o próximo e o mundo. Entre as possibilidades de intervenção nesse âmbito surge as danças circulares, para entrar na roda, não é necessário ter conhecimentos nem habilidades específicas sobre dança, basta o desejo de estar em grupo e de participar dele. Esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicas na observação de uma oficina de danças circulares com foco na atenção psicossocial em idosos que participaram dessa atividade promovida. Trata-se de um trabalho descritivo, do tipo relato de experiência, sendo parte da vivência do Projeto de Extensão Uncisati que é a Universidade aberta à terceira idade, a observação se deu em uma das oficinas, no mês de abril, do ano 2017, na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas- UNCISAL. Participaram da oficina 20 idosos, com idades entre 65 e 70 anos, utilizando canções com instrumentos musicais e também aparelho de som, danças e o lúdico, sendo uma atividade direcionada por 4 alunos monitores dessa extensão. Na resolução da vivência, os monitores explicaram o que é a dança circular, como ela acontece e solicitaram que os idosos se apresentassem. Ao começar a coreografia, foi pedido que os participantes relaxassem e não se preocupassem em acertar ou errar, mas sim que cada um se manifestasse da forma que desejasse e no ritmo que acharem conveniente. Desse modo, observou-se que a maioria dos indivíduos presentes desejavam participar do circulo, conhecer os ritmos e desenvolver os comandos dos facilitadores. Durante a troca das músicas a interação e harmonia era algo a ser percebido, pois, apesar da timidez ser nítida inicialmente, ao longo da atividade, eles relaxaram, dialogaram e compreenderam a satisfação em participar daquelas relações. Conclui-se que a utilização de danças circulares como atividade na promoção da atenção psicossocial em idosos sugere beneficiar o processo de envelhecimento com qualidade de vida. As práticas permitiram às estudantes de graduação a percepção de habilidades que podem ser desenvolvidas com as pessoas idosas, sensibilizando-as para promover um cuidado mais humanizado na fase de envelhecimento humano, despertando para desenvolver futuras pesquisas que poderão esclarecer mais detalhes sobre as utilização das danças circulares para o benefícios psicossociais.