As transformações advindas do progresso científico operam de forma significativa sobre o modo de vida, aliadas a outros aspectos podem contribuir para o desenvolvimento de alterações psicossociais nos idosos. A teoria psicossomática está baseada na interação entre os fatores psicológicos e fisiológicos, sendo de grande valor para a atuação clínica: na promoção, manutenção e recuperação da saúde. O corpo e a alma possuem unidade anatômica e fisiológica, assim, o estudo da dinâmica mente-corpo é intrínseco ao sucesso da investigação etiológica das doenças. A desarmonia mental poderá ter repercussões biológicas, como também as alterações fisiológicas e patológicas observadas nos paciente senescentes exercem influência sobre o estado de equilíbrio psíquico. Corroborando essa ideologia e opondo-se ao reducionismo biológico a Organização Mundial da Saúde se refere à saúde como o estado de completo bem-estar físico, mental e social. Tal conceito destaca fatores que são indissociáveis e apresentam real importância no processo saúde-doença. Esse estudo objetiva ressaltar as dificuldades enfrentadas pelos indivíduos da terceira idade e demonstrar a falibilidade da visão mecanicista de Descartes, confirmando a contribuição da prática holística para a área de saúde. No período de maio de 2016 a setembro de 2017 foi realizada uma revisão sistemática da literatura através de consultas a base de dados LILACS, SCIELO E MEDLINE, a documentos oficiais e a livros. Documentos científicos publicados entre 1959 e 2016 foram analisados. Dado isso, para a psicanálise, na velhice ocorre o acúmulo de situações estressantes, assim, nesse estágio da vida há a maior probabilidade de serem desenvolvidos distúrbios psicológicos, decorrentes da incapacidade do ego de adaptar-se. Desse modo, destaca-se a necessidade da abordagem holística e psicossomática, de modo que o indivíduo seja visto como um ser integral: biológico, psicológico e social.