Introdução: Em decorrência do aumento da população idosa, os impactos das violências que acometem estas pessoas ganham visibilidade na sociedade contemporânea, o que remete a necessidade de intervenções por parte do Estado através de implantações e implementações de políticas públicas voltadas a este público.
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da violência contra a pessoa idosa no Norte e Nordeste brasileiro, no período entre 2009 a 2014.
Métodos: Trata-se de um estudo ecológico e descritivo, realizado com base nos dados disponibilizados pelos Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e acessados por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de saúde (DATASUS), referentes às notificações de violência contra idosos, nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, entre os anos de 2009 a 2014. As seguintes variáveis foram estudadas: sexo; faixa etária, raça/cor, escolaridade, local de ocorrência e tipo de violência em que foram calculadas as frequências absolutas e relativas.
Resultados: No Norte e Nordeste do país ocorreram 8.194 notificações no período de 2009 e 2014, a partir daí o seguinte perfil foi caracterizado: sexo masculino (53,3%), raça/cor parda (49,5%), analfabeto (13,2%). A residência foi o local mais frequente das ocorrências (56%), e a agressão física obteve o percentual de 56% quanto ao tipo de violência, entretanto deve-se ressaltar que o idoso pode ter sofrido mais de um tipo de violência.
Conclusão: Em virtude do aumento da população idosa no mundo, a identificação do perfil da população idosa vulnerável a violência, mostra-se relevante para a realização de medidas preventivas e promocionais à saúde, planejamento do cuidado integral, implantação e implementação de politicas públicas que atendam este público.