Introdução: A qualidade de vida pode ser definida como um conjunto de fatores culturais que influenciam nos objetivos, padrões, expectativas e preocupações de vida, podendo interferir na saúde do indivíduo quando submetido a perturbações familiares, amorosas, econômicos, políticos, sociais, espirituais e ambientais. A incontinência urinária é definida como perda involuntária de urina, pela uretra, associada a causas multifatoriais, capaz de ocasionar desconforto higiênico e social. Considerada um problema de saúde pública que afeta vários idosos de ambos os sexos, a incontinência dispõe de maior prevalência em mulheres devido às variações anatômicas, partos normais que demandam maiores esforços do assoalho pélvico e consequências diversas do processo de envelhecimento. Se faz necessário, portanto, o processo de avaliação interdisciplinar na disfunção urinária nos pacientes idosos e, desta forma, o presente estudo objetiva caracterizar os impactos da incontinência urinária na qualidade de vida do paciente idoso. Metodologia: O estudo consiste em uma revisão sistemática da literatura, realizada em outubro de 2017, cujos passos contemplaram a definição da questão de pesquisa, identificação, leitura e seleção dos artigos que respondiam à questão norteadora. Foi efetuada busca, seleção, análise do material, inclusão no estudo e síntese das informações importantes, discussão e apresentação dos principais resultados. Foram encontrados 1174 artigos no total dos quais dez foram selecionados pois correspondiam aos critérios de busca da pesquisa. Resultados e Discussão: Os relatos mais frequentes dizem respeito à alteração de energia, mobilidade física ou isolamento social. Dentre os fatores que predispõem ao isolamento social, temos o odor, a necessidade de troca de protetores ou ainda a dificuldade em frequentar espaços públicos. Já em relação à mobilidade, verifica-se a limitação dos movimentos e a necessidade constante de ir ao banheiro, o que para as mulheres se apresentou como fator importante em detrimento das outras dimensões. Conclusão: Em suma, concluímos que a presença da incontinência urinária interfere no estilo e qualidade de vida da pessoa idosa, colaborando, dessa forma, para as alterações psico-fisiológicas e alteram a convivência social e o grau satisfação com a vida, diante do constante receio das perdas urinárias ocorrerem em ambiente público, o odor de urina perceptível pelos demais e pelas vivências constrangedoras prévias.