O novo contorno da população brasileira traz à institucionalização do idoso a pauta de reflexões de cunho social e político. O crescimento deste segmento populacional e suas implicações sociais remetem na viabilização de direitos sociais fazendo-se insurgente o chamado do profissional de Serviço Social para atuar na área do envelhecimento e suas complexidades. O objetivo do presente trabalho consiste em descrever a experiência da atuação do profissional de Serviço Social na desinstitucionalização de idosos em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos-ILPI. Justifica-se pela importância de compartilhar a abordagem da práxis do Serviço Social voltadas ao resgate do vínculo familiar a idosos institucionalizados, sendo ainda, fundamental o compartilhamento com demais profissionais da área as estratégias utilizadas para a desinstitucionalização. Trata-se de um relato de experiência vivenciado pela assistente social que atua em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos no município de Serra Talhada-PE, acerca das intervenções sociais realizadas para desinstitucionalização dos idosos. As intervenções foram realizadas no período de fevereiro a julho de 2017 sendo utilizados instrumentos técnicos do Serviço Social como a observação; entrevista e visita domiciliar proporcionando uma aproximação entre família e instituição. Na análise e interpretação dos dados percebe-se que a fragilização dos vínculos não ocorreu a partir da institucionalização, mas, em momentos anteriores. Elucidando que o indicador para a institucionalização estava vinculado à ausência de suporte familiar e não necessariamente atrelado à negligência ou abandono, mas, a conflitos familiares. Conclui-se que o atendimento ao idoso institucionalizado consiste em um desafio que exige do profissional de Serviço Social criatividade para ações interventivas na garantia e efetivação de direitos bem como, traçar estratégias de (re) construção dos vínculos afetivos familiares.