O envelhecimento populacional acarreta a prevalência de patologias crônico-degenerativas, características da faixa etária, como é o caso das demências. Uma das principais demências que é responsável por 50% a 80% de casos em todo o mundo é a doença de Alzheimer (DA). Apesar de que o desenvolvimento da doença e dos sintomas pode ser minimizado, as implicações decorrentes do crescimento dessa demência estão presentes nos serviços de saúde, levando muitas vezes à internação. Objetivou-se descrever as características das internações de idosos por doença de Alzheimer no nordeste brasileiro, no período entre 2010 a 2017. Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, com dados do DATASUS, utilizando as variáveis: idade > 60 anos, sexo e dados disponibilizados segundo o ano de atendimento. A região nordeste ocupa a 3° posição no índice nacional de internações hospitalares por DA registradas no SIH/SUS, a região Sudeste está no topo do índice ocupando o 1° lugar e logo após aparece a região Sul. O estado da Bahia tem o maior percentual de internações por DA, seguido do Pernambuco e logo após o Ceará. Identificou-se um maior percentual de hospitalizações no sexo feminino, tendo uma maior prevalência no estado da Bahia. A DA é uma demência que vem crescendo nos últimos anos, o nordeste brasileiro ocupa a 3ª posição no índice nacional de internações hospitalares, uma das estratégias, portanto, seria a orientação de familiares cuidadores para ações que visem a minimização de riscos e complicações que levam idosos com DA à internações por longos períodos. O estudo deixa evidências da necessidade de maiores discussões nesse âmbito, demonstrando consequências palpáveis para os gastos públicos a partir do processo de envelhecimento demográfico em nosso país, caso esforços não sejam dispendidos para essa população e seus familiares.