Introdução: Modificações no perfil etário da população e aumento no número de idosos têm influenciado as discussões e pesquisas nesse seguimento etário. A proporção de idosos subiu de 9,1% em 1999 para 11,3% em 2009, compondo hoje um contingente acima de 22 milhões de pessoas. O envelhecimento populacional acontece em decorrência da redução da fecundidade, da mortalidade e do aumento da expectativa de vida. Esse processo não se dá de forma homogênea para todos os seres humanos, envolve fatores biopsicossociais importantes para a percepção da idade e do envelhecimento. Ao admitirmos que o envelhecimento não seja uma etapa só de perdas, podemos citar a sexualidade como um ganho, reconhecendo que o prazer trazido pelo contato físico e afetivo com um parceiro pode ser mais completo, uma vez que a passagem do tempo favorece o conhecimento de si e do outro. A sexualidade não se resume ao coito, com a única finalidade de procriação, trata-se de um misto de prazer, comunicação e amor entre duas pessoas fortificando seus laços de união. Como parte integrante do envelhecimento ativo que pretende otimizar as oportunidades de saúde, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas, a sexualidade apresenta-se como um indicativo desse processo. Objetivo: Reconhecer a importância da sexualidade para um envelhecimento ativo. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, exploratória e descritiva, realizada no mês abril de 2013 na base de dados do Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando os descritores: Saúde do Idoso; Sexualidade; Envelhecimento ativo, totalizando 34 artigos. Os critérios de inclusão foram artigos condizentes com a temática, escritos em língua portuguesa e publicados entre os anos de 2010 e 2012, sendo selecionados 04 artigos. Resultados: Percebemos durante a pesquisa que a sexualidade é um fator determinante para um envelhecimento ativo, porém existe ainda uma visão restrita, classificando este período da vida como assexual, onde o indivíduo teria que assumir unicamente o papel de avó ou avô, fazendo tricô e vendo televisão. Diante deste cenário faz-se necessário um acréscimo na literatura atual e discussão sobre a temática, objetivando uma redução no preconceito existente acerca da sexualidade na terceira idade. Conclusão: Diante de tantos tabus, a sociedade continua com dificuldades em lidar com a questão da sexualidade, principalmente, no que se refere ao idoso, portanto os preconceitos em relação à atividade sexual precisam ser discutidos e analisados, visando uma melhor explicação e orientação das verdadeiras mudanças existentes no comportamento sexual do idoso, para que este grupo possa não se sentir culpado pelos seus desejos sexuais, independentemente da forma de sua manifestação.