SANTOS, Maria Angélica Da Silva et al.. O cuidado da enfermagem à mulher no climatério. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/2958>. Acesso em: 22/11/2024 22:45
INTRODUÇÃO: O climatério é a passagem da fase reprodutiva para não reprodutiva da vida da mulher, período em que os hormônios estrogênio e progesterona, produzidos pelos ovários, progressivamente deixam de ser fabricados, caracterizando a menopausa. Esse ciclo se inicia a partir dos 35 estendendo-se até os 65 anos de idade, quando a mulher é considerada idosa, podendo ocorrer de forma silenciosa ou acompanhado de alguns desconfortos físicos e psicológicos, como ondas de calor no tórax, pescoço e face, insônia, ressecamento vaginal, irritabilidade, ansiedade e também, à longo prazo, ter repercussões sobre os sistemas ósseo, cardiovascular e urinário. OBJETIVO: Analisar as produções científicas sobre o cuidado da Enfermagem no período do climatério entre os anos de 2003 a 2013. METOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática, desenvolvida em abril de 2013, nas bases de dados MEDLINE, LILACS e no GOOGLE ACADÊMICO, utilizando-se os descritores: “Climatério”, “Enfermagem” e “Cuidado”. Foram utilizados como critérios de inclusão: texto completo disponível online, estar escrito em português, inglês ou espanhol e ter sido publicado no período de 2003 a 2013. Foram identificados e analisados 57 artigos, entretanto apenas 15 atenderam aos critérios propostos, sendo um deles dissertação de mestrado. RESULTADOS: Em relação ao tipo de estudo, observou-se predominância dos estudos qualitativos (53,3%) e quantitativos (20%). Constatou-se que 2012 foi o ano em que mais se produziu sobre o tema (26,7%). As publicações estão distribuídas em 09 periódicos, sendo 5 na área de Enfermagem e a maioria dos estudos é proveniente da região Nordeste (46,7%) e da região Sul (26,6%) do país. Quanto aos cenários, os estudos foram realizados principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (53,3%) e nos hospitais (26,7%). Observou-se nas temáticas presentes nos trabalhos que compõem esse estudo, sobre o conhecimento e percepção das mulheres quanto ao climatério, quanto à assistência de enfermagem nesse período, que grande parte dos temores das mulheres se relaciona ao desconhecimento dos eventos presentes e futuros dessa fase e também a vivência desse contexto frente a novas possibilidades. CONCLUSÃO: Cabe ao enfermeiro orientar as mulheres sobre as mudanças que podem ocorrer a partir do climatério, promovendo atividades educativas e espaços de escuta nos serviços de saúde, enfocando assuntos relativos a esta fase e incentivando a troca de experiências e informações, bem como estimular a uma dieta equilibrada (com baixo teor de gordura, rica em fibras e cálcio) e a prática de atividade física, possibilitando um enfrentamento tranquilo dessa fase.