LEÃO, Thácia Pinheiro. Atendimento no domicílio: uma proposta de atuação psicogerontológica. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/3388>. Acesso em: 23/11/2024 01:07
A intervenção psicoeducativa domiciliar com idosos trata da escuta e de ações individualizadas na residência do mesmo. Tem caráter preventivo e auxilia o idoso na redução e superação de dificuldades psicossociais e cognitivas. Objetivo: Apresentar a experiência de uma intervenção psicoeducativa em domicílio, realizada durante o estágio básico do curso de Psicologia. Método: Participou uma idosa, com 69 anos de idade, residente no interior da Bahia. Foram realizados nove encontros semanais, com duração aproximada de 1h cada, no domicílio. A avaliação pré e pós intervenção foi feita mediante avaliação psicossocial da idosa, instrumento de avaliação processual dos encontros e das discussões semanais na supervisão. Resultados: Diferentes temas foram trabalhados em cada encontro de acordo com a demanda trazida pela idosa na anamnse e avaliação inicial: ansiedade, insônia, memória e relacionamentos familiares. As estratégias foram atividades reflexivas, psicoeducação, atividades lúdicas e expressivas, técnicas de relaxamento e treino cognitivo. Com as intervenções verificou-se uma gradual modificação na percepção da idosa acerca do envelhecimento, dos relacionamentos interpessoais, do seu papel familiar e social, permitindo ainda a troca de experiência intergeracional. O estágio mostrou que há diversas formas de trabalhar as dificuldades psicossociais e as relações familiares, desmistificar estereótipos e preconceitos em relação a velhice, possibilitando aprendizagem mutua entre o estagiário e o idoso. Conclusão: A realização de atividades psicoeducativas em domicílio promove a possibilidade de escuta e de intervenção com idosos que não teriam acesso a esse serviço de outra maneira, especialmente nos casos em que a locomoção é limitada por condições físicas ou por não ter quem se disponibilize a levá-los em uma unidade de atendimento. A aceitação ao serviço é maior, e no caso da facilitadora, possibilita a avaliação do cotidiano do idoso e suas relações naquele ambiente. Acredita-se que essa modalidade de atendimento proporciona ao indivíduo melhor qualidade de vida, trabalhando sua autonomia e dificuldades emocionais e cognitivas, auxiliando-o na inserção familiar e levantando a reflexão de questões que dão significado à vida.