GOLDFARB, Miriam. Estudo da fusariose do algodoeiro. Anais II CONIDIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/33506>. Acesso em: 22/11/2024 17:22
A Fusariose é uma doença de plantas que tem como agente causal o fungo do gênero Fusarium, no algodoeiro a principal característica dessa doença é a murcha das folhas e o enegrecimento dos vasos xilemáticos, o que provoca obstrução das raízes e um desequilíbrio osmótico da planta, o que resulta em murcha e amarelecimento das folhas visivelmente na parte aérea da planta. A espécie Fusarium, oxysporum f.sp vasinfectum é o agente etiológico da Fusariose do algodoeiro. Nesse sentido, o presente artigo teve como objetivos descrever técnicas de inocular os esporos de Fusarium oxysporum f.sp. vasinfectum em algodoeiros sob condições controladas, a fim de se obter o desenvolvimento da Fusariose. No primeiro experimento foram seis tratamentos utilizados: (i) mergulho da raiz em béquer contendo a suspensão de esporos, (ii) perfurações na região do colo das plantas com alfinetes, (iii) fixação de palitos na região do colo de cada planta, (iv) perfuração do solo com uma faca para assim danificar as raízes das plantas, (v) adição da suspensão de esporos no colo das plantas sem realizar ferimentos, usando um pipetador automático e (vi) a planta-testemunha. Nesse primeiro experimento foram utilizados 36 vasos, sendo uma planta por vaso (6 tratamentos por 6 repetições). No segundo experimento, foram realizados quatro tratamentos consistindo em: (i) ferimentos nas raízes secundárias, (ii) deposição da suspensão de esporos no colo da planta sem provocar ferimentos, (iii) mergulho da raiz na suspensão sem a ocorrência de ferimentos nas mesmas e (iv) a planta-testemunha. Sendo 4 tratamentos com 4 repetições cada. Os resultados do primeiro experimento demonstraram que os tratamentos que consistiam de ferimentos no colo e nas raízes permitiram a entrada do patógeno no sistema vascular das plantas, provocando os sintomas característicos de murcha das folhas e enegrecimento interno das raízes. No segundo experimento, os tratamentos que consistiram em mergulho da raiz na suspensão sem fazer ferimentos e aquelas com ferimentos nas raízes secundárias, resultaram no surgimento dos principais sintomas da doença.