MEDEIROS, Sivanilson De Assis et al.. A trajetória do envelhecer ao longo de nossa história. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/3328>. Acesso em: 22/11/2024 22:27
Introdução: O envelhecer é um processo natural do homem. Considerando-se que o envelhecimento da população é uma realidade constatada num grande número de nações de hoje, não é surpreendente que ele venha se colocando como sempre maior intensidade como desafio também no Brasil. Quando apreendemos a existência de um modelo social geral de idoso, sendo este um ser que não gera mais riqueza dentro sociedade, fulcrado no imaginário social, que “é construído pela contraposição à identidade de jovem, somos levados a pensar sobre questões relativas à construção da identidade do idoso e de como esta é sentida e vivida pelos indivíduos classificados como velhos” (MERCADANTE, 2003, p.56). Objetivo: Este estudo tem como objetivo discorrer segundo a ótica de autores sobre os aspectos sócio-culturais em que se desenvolveram as várias formas de pensar no envelhecimento ao longo de nossa história. Metodologia: O estudo realizou-se a partir de uma pesquisa bibliográfica, tomando como base uma revisão sistemática a partir de leituras em artigos científicos, periódicos, revistas, retirados de fontes (scielo, bireme, lilacs), os quais tiveram como palavras-chave: o envelhecer, assistência de enfermagem e o idoso e outros autores pertinentes a ótica analisada, buscando dar subsídios para discussões que desenvolvam medidas de apoio aos idosos e integram o enfermeiro no cuidado destes com melhor eficácia e qualidade. Resultados e discussões: Segundo Debert (1999) se confrontarmos a velhice do passado com a do presente perceberemos um quadro melancólico, sendo que o debate gerontológico caracteriza o passado como a “idade de ouro na velhice”, em que pais e avós eram as figuras mais respeitadas na família e na sociedade, e a velhice era uma etapa de felicidade e prestígio. Hoje todos concordam que não há consideração e respeitos aos mais velhos. No século XVIII e XIX o homem atingia o apogeu de seu prestígio e poder em torno dos 50 anos. Os filhos gravitavam em torno da casa paterna, onde os mais velhos eram o centro das atenções. Desse modo as diferentes etapas etárias da história do indivíduo passaram a adquirir valores diversos, de acordo com suas possibilidades para a produção e reprodução de riqueza. Nesse processo a velhice ocupou um lugar marginalizado, sendo vista como o período em que a individualidade teria perdido o seu valor social. Conclusão: A cada dia, milhares de brasileiros se perguntam: quando estiverem velhos, como serão tratados? De que forma serão vistos pela sociedade que convivem? Estarão com saúde, ou vivendo dependente de alguém? Estes questionamentos nos levam a crer que a nossa população não saberá enfrentar a sua própria velhice, ou pior, não entendem como todo esse processo biológico e social que é a senescência, perpetuou-se no imaginário destes como uma forma talvez punitiva de se chegar a terceira idade. Discorrer sobre esse processo, trata-se de observamos como essa população cresceu tanto no decorrer desses anos, como uma população que era minoria (densidade populacional), torna-se estatisticamente em crescente expansão. E quem sabe conseguirmos compreender melhor o idoso na sua totalidade biológica, psíquica, e sócio-cultural.