Introdução: Até 2025, segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, necessitando de uma mudança em relação ao foco da atenção à saúde para que essa população consiga alcançar um envelhecimento ativo e saudável. A saúde percebida é um importante indicador da qualidade de vida percebida e a sua mensuração torna-se relevante, pois mostra a avaliação feita pelas pessoas sobre suas condições de saúde. Ela reflete o autoconhecimento de problemas pré-clínicos, estados emocionais, otimismo ou pessimismo, que são indicadores do estado geral de saúde e que podem nele interferir. Nesse cenário, o trabalho justifica-se pela necessidade de um melhor conhecimento acerca da percepção que esse grupo populacional tem sobre a sua saúde, pois este é um aspecto diretamente relacionado com fatores biopsicossociais. Objetivo: Analisar o perfil de idosos em relação às seguintes variáveis: faixa etária, gênero e percepção de saúde em um grupo de assistência fisioterapêutica a idosos ativos. Metodologia: A amostra foi constituída de 19 participantes de um grupo de assistência fisioterapêutica a idosos ativos, realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa – PB. O critério de exclusão adotado foi escore menor que 16 no Mini-Exame do Estado Mental. Os dados foram coletados entre dezembro de 2012 e março de 2013, a partir da admissão do sujeito no grupo terapêutico. Para levantamento das variáveis analisadas foi utilizado o auto-relato, onde na avaliação da saúde percebida foi utilizada uma escala de cinco pontos (muito boa, boa, regular, ruim ou muito ruim) que indagavam sobre a satisfação com a saúde. A análise dos dados foi realizada através do programa Microsoft Excel, por meio de cálculos estatísticos. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética da UFPB. Resultados: A amostra foi composta por grupos etários distribuídos em: (G1) 42,10% de 60 a 69 anos, (G2) 36,84% de 70 a 79 anos e (G3) 21,05% com 80 anos ou mais, sendo 21,05% homens e 78,95% mulheres, com média de 71,47 anos de idade (DP = 7,79). Esse estudo demonstrou que os 19 idosos, respectivamente homens e mulheres, integrantes do grupo classificaram a saúde percebida como: muito boa 25% e 13,33%; boa 0% e 26,67%; regular 50% e 53,33%; ruim 25% e 6,67%; muito ruim 0% para ambos. Relacionando a saúde percebida com a faixa etária, foi observado que a maioria de G1 (50%) considerou a saúde como boa ou muito boa e de G2 e G3 (57,14% e 75%, respectivamente) como regular. Conclusão: O presente estudo demonstrou que não houve relevante disparidade entre os dados analisados entre homens e mulheres quanto à saúde percebida, pois ambos consideraram, em sua maioria, a saúde como regular. Em relação à faixa etária, constatou-se que a maioria da amostra estudada se enquadrou entre 60 a 69 anos, relatando a saúde como sendo de boa a muito boa, e os outros dois grupos apresentaram maior insatisfação com a saúde.