Na esfera esportiva, as modalidades são instituídas através de mecanismos generificados que atuam como marcadores antagônicos para o masculino e feminino. Sob esta premissa, homens e mulheres que transgredem tais atribuições tornam-se alvos de perseguição e discriminação. As pesquisas referentes à visibilidade feminina na mídia são escassas e o espaço destinado ao esporte masculino se sobressai ante ao feminino. Através das relações desiguais de poder, percebe-se que existe uma valorização do homem em detrimento da mulher, onde a imprensa esportiva dissemina estereótipos para ambos os gêneros. Nesta perspectiva, a mídia, mesmo que de forma implícita, sustenta-se como uma ferramenta que propaga as desigualdades de gênero na sociedade, pois se utiliza de padrões de corpos “perfeitos” conforme a classificação dos sexos e imposição de estereótipos para ambos. A partir dessas constatações, o objetivo do nosso estudo foi analisar, à luz das hierarquias de gênero, as imagens exibidas nas principais agências internacionais de comunicação, investigando como eles retratam as imagens de atletas masculinos e femininos. Para tanto, utilizamos os métodos descritivo e qualitativo e a técnica de análise de imagens. Os resultados encontrados evidenciam a existência de tratamentos diferenciados para homens e mulheres, estas em detrimento desses, consolidando as desigualdades nas representações de gênero pelas lentes das agências internacionais. Ainda, percebemos a corroboração para com esses estereótipos pela forma como focaram e veicularam corpos masculinos e femininos, legitimando a reprodução de uma ideologia hegemônica, sexista, patriarcal e machista.