SOUSA, Ivanete Alves De. Queixas de bullying homofóbico em escola pública: pra onde vão?. Anais V ENLAÇANDO... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/30720>. Acesso em: 22/12/2024 17:59
Este artigo é resultado de investigação sobre os encaminhamentos dado ao bullying homofóbico em uma escola pública do Município de Salvador/Ba. O interesse surgiu após levantamento realizado com estudantes do Ensino Fundamental da referida escola, que colocou o bullying homofóbico como segundo tipo de bullying entre os mais recorrentes, perdendo apenas para o “bullying gordofóbico” (que humilha, achincalha uma pessoa por ser gordo/a). O terceiro tipo de bullying relatado seria o bullying racial. O levantamento partiu da iniciativa de duas professoras da própria escola, que se sentiram provocadas a investigar a percepção dos estudantes a respeito do bullying e quais tipos os incomodavam mais. De posse dos dados do levantamento, seguiu-se o estudo, com o intuito de identificar os encaminhamentos dados pela Coordenação Pedagógica, às queixas de bullying homofóbico entre estudantes. Para tanto, o presente estudo apoiou-se no livro de ocorrências da Coordenação escolar, buscando-se no período de um ano letivo e meio (julho/2015 –dezembro/2016), os registros deste tipo específico de bullying e quais teriam sidos os encaminhamentos dados pela Gestão/Coordenação Escolar, em cada situação. Entretanto, a realidade encontrada no Livro de Registros de Ocorrências foi de quase total ausência de queixas, tendo sido providencial, portanto, a aplicação de um questionário semiestruturado às coordenadoras pedagógicas da escola, o qual foi contrastado com as informações fornecidas pelos estudantes por ocasião do levantamento e as anotações do livro de Ocorrências. Tal realidade inspirou pesquisas de Mestrado com os temas bullying homofóbico e bullying racial pelas mesmas professoras que realizaram o levantamento inicial.