O presente trabalho tem como objetivo analisar de maneira crítica o avanço da bancada política neopentecostal, suas relações com o movimento neoconservador no Brasil e as suas implicações na questão dos problemas de gênero e sexualidade nas escolas. A metodologia parte de uma abordagem bibliográfica a partir da análise problematizadora do currículo oculto, das práticas cotidianas das escolas e análise crítica dos projetos de lei que proíbem a discussão de gênero e sexualidade nas escolas. Possui significativa relevância por tratar de uma questão que afeta diretamente as relações de gênero e sexualidade a partir da ascensão de políticas proibitivas legitimadas por concepções religiosas que atualmente estão arraigadas na esfera política. Os resultados e as discussões revelam que existe uma inversão de polaridades na disputa pela hegemonia de pensamento através de todo um processo de desconstrução da laicidade do Estado e do apreço constitucional de inclusão em detrimento de concepções religiosas. Com base na distorção e dissimulação de discursos equivocados de políticos neoconservadores, legitima-se legislações proibitivas em relação a esta discussão nas escolas através de disseminações de que supostamente existe um plano da agenda LGBT de ensinar “homossexualidade na escola” ou de “ditadura gay”. Com base nestes dados buscou-se investigar o que representa o neoconservadorismo e suas estratégias na disputa hegemônica. Conclui-se que torna-se necessário uma agenda de combate e conscientização política do que representa estes pretextos e elucidar o preconceito presente na agenda política neoconservadora como meio efetivo para combater seus discursos inflamados e a legitimação de preconceitos via educação.