Este artigo tem como objetivo discutir a Coleção Amores Expressos no que tange as ideias de mobilidade e sexualidade. Partindo do pressuposto de que os personagens – viajantes, turistas, exilados e migrantes – saem de suas próprias nações para outras, nesses novos espaços encontra-se uma certa liberalidade moral, em que se é convidado pela cidade à experimentação sexual. Nossa hipótese principal é a de que a Coleção Amores Expressos exibe aos leitores uma certa maleabilidade sexual, expondo aos nossos olhos uma sociedade conflituosa em que ao mesmo tempo existem, concomitantemente, práticas liberais em relação a sexualidade e em outras, a eliminação da diferença sexual. A coleção exibe bonecas de silicone para acompanhar homens solitários, mulheres que desejam ter filhos e cuidar deles sozinhas, a separação de casais, o voyeurismo sexual, o relacionamento homossexual e heterossexual, a transexualidade, a compra do sexo através da prostituição, casos passageiros, relacionamentos abertos e à distância, toda uma complexidade de relações sexuais que sendo tabus na sociedade, se mostram plurais e liberais na Literatura Brasileira Contemporânea. O desenvolvimento da presente pesquisa seguirá uma estrutura pautada nas diretrizes metodológicas que sugerem duas etapas de trabalho: pesquisa teórica e documental.