Este estudo é resultado de uma pesquisa de cunho qualitativo que se utiliza da entrevista narrativa para compreender como são vistas as identidades de gênero pela instituição escolar, a partir da diversidade sexual presente em seu contexto e como concebe a inserção do nome social, entrelaçando aos pressupostos teóricos que sustentam e fundamentam a temática. Na perspectiva traçada para este trabalho consideramos o contexto multicultural da sociedade, a transitoriedade e fragmentação das identidades, bem como a necessidade da escola se configurar como espaço legítimo de discussão da diversidade sexual e reconhecer-se como ambiente de respeito às diferenças. No contexto de crise das identidades, este estudo qualitativo constitui-se em uma análise bibliográfica e aproximação empírica embasada na perspectiva dos Estudos Culturais proposta por S. Hall e Tomaz T. da Silva, num viés pós-estruturalista, por considerar que estes estudos baseiam – se nas reflexões que se desenvolvem acerca da diversidade e, por serem orientados pelas relações de poder e dominação que existem entre as diferentes culturas e que devem ser questionadas e contestadas. O marco teórico utilizado perpassa pela discussão sobre a identidade e diferença numa relação de interdependência entre elas e a compreensão dos conceitos de gênero e identidade de gênero, a partir da diversidade sexual. Diante das reflexões realizadas, consideramos necessário fazer o tensionamento da diversidade presente no contexto escolar e sua interseccionalidade com a raça, gênero e geração a fim de promover o debate e realizar os desdobramentos e enfrentamentos das questões referentes à temática.