INTRODUÇÃO: A Fitoterapia caracteriza-se pelo tratamento com plantas que possuem propriedades medicinais e oferecem princípios ativos que agem de forma terapêutica nos indivíduos. Essa terapêutica se estabeleceu como tratamento complementar em saúde e o seu consumo está aumentando, com reflexos nas publicações científicas encontradas em periódicos. A Fitoterapia traz grandes vantagens, pela simplicidade do tratamento, o baixo custo e a eficácia mediante consumo, sendo recorrente de uso na população idosa. OBJETIVO: Realizar uma Revisão Sistemática na literatura científica no que concerne à utilização da terapia com plantas medicinais por Idosos e as possibilidades de aplicação de suas práticas na assistência de saúde. METODOLOGIA: A busca por publicações relacionadas ao tema aconteceu durante abril de 2013. Foram reunidos 533 artigos (base de dados LILACS e MEDLINE) após criteriosa análise por meio da aplicação da escala de Jaddad para selecionar os estudos que apresentassem afinidade com o tema. Em um segundo momento, após aplicação da escala de Tinnet, cujo objetivo é eleger aqueles trabalhos com maior qualidade científica, 37 artigos foram pontuados com escore 03 a 05, determinando-se, assim, a amostra para estudo. Dos critérios para inclusão de estudos: foram usados aqueles estudos que relatassem a utilização de plantas com propriedades medicinais por Idosos, publicados no período de 2003 a 2013, nos idiomas Inglês e Português. Foram excluídos aqueles que não relacionassem a Fitoterapia à terceira idade, estudos publicados em idiomas diferentes dos que foram aqui determinados ou publicados em um período diferente do determinado nessa revisão. Para fazer o resgate usaram-se os seguintes descritores: Idoso; Fitoterapia; Plantas Medicinais; Elderly; Phytotherapy; Medicinal Plants. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Nos 37 artigos selecionados, observa-se que a escolha das plantas e o modo de preparo de remédios à base de ervas obedecem à cultura transferida de geração em geração, atuando como um sistema paralelo de assistência à saúde e os idosos desempenham um papel importante por serem os detentores e transmissores desta cultura, além de usuários desta terapia. Do total de artigos, 32,4% tratavam do uso da Fitoterapia para controle da Hipertensão Arterial, 21,6% relatavam o uso de plantas para controle da Diabetes Mellitus, 16,2% para Osteoporose, 13,5% de Neoplasias, 10,8% de Demências e 5,4% para tratamento de Transtornos do Sono. Interação medicamentosa e uso indiscriminado são outras temáticas que foram frequentemente abordadas nos estudos. Neste cenário, a Fitoterapia se insere como alternativa de minimização de efeitos adversos e de grande importância para assistência em saúde prestada a este público. CONCLUSÃO: Conclui-se que a utilização da Fitoterapia abrangem diversos aspectos, com reflexões sobre a sua aceitação e contribuição na assistência ao cliente idoso, por ser um conhecimento transmitido de geração a geração, ter um baixo custo e ser um tratamento simples e eficaz. São necessárias estratégias de orientação para o uso racional de plantas e fitoterápicos entre idosos, sendo estes mais vulneráveis aos prejuízos decorrentes da utilização inadequada. Na literatura científica há uma carência de estudos que tratem dos usos e limites da Fitoterapia, em específico para o público idoso.