Resumo: Compreender os processos de significação e as relações que se dão no espaço escolar com vontades de homogeneização, revelam narrativas que não possibilitam enxergar a complexidade e pluralidade dos sujeitos e fenômenos, ocasionados pelas diferentes marcas dos grupos sociais e culturais que lá adentram. É dentro desse espaço que temos desenvolvido pesquisas sobre a diversidade de possibilidades de letramentos que podem ser exploradas, mas que são silenciadas pelas políticas públicas de avaliação. Neste artigo, exploramos o conceito de multiletramento articulado à diversidade cultural dos alunos de 5ª série do Ensino Fundamental de uma escola do município de Rio Branco-Acre, procurando evidenciar as atitudes leitoras de tais alunos fora da escola e as práticas pedagógicas desenvolvidas por professores que envolvem a Língua Portuguesa. Para esta pesquisa, utilizamos os descritores de competências a serem alcançados, definidos como parâmetro para as avaliações em larga escala em desenvolvimento no Brasil. Como apoio teórico, dialogamos com as abordagens de Soares (2012); Kleiman (1995); Orlandi (2011); Street (2014); Veiga-Neto (2003) e Rojo e Almeida (2012). Parcialmente, os dados da pesquisa indicam que as possibilidades pedagógicas que exploram multiletramentos são restritas no trabalho docente.