O ENVELHECIMENTO E A CULTURA DO CONSUMO DE BENS DOMÉSTICOS NAS MORADIAS DE ITAPISSUMA – PEINTRODUÇÃOEste trabalho expõe um dos resultados do subprojeto de pesquisa Moradia e consumo no município de Itapissuma - PE (2012-2013), vinculado ao projeto de pesquisa titulado A Questão Habitacional no Contexto da Sociedade de Consumo, desenvolvido no Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (NUPEM) do Departamento de Ciências Domésticas/UFRPE.Na sociedade contemporânea, o consumo se caracteriza como fenômeno social que contribui para o entendimento dos processos sociais, reconhecimento, distinção e pertencimento simbólico (Ramalho A, 2012). O indivíduo ao longo de sua vida assume variados comportamentos de consumo, sofre constantes influências do mercado, da mídia, do grupo social, dos membros da família, das condições econômicas e outros, muitas vezes sem condições para este consumo. Tratando-se do/a idoso/a este representa uma figura de credibilidade nos gastos dos membros mais novos da família, que recorrem a eles e elas para quitar débitos de compras pessoais.OBJETIVOIdentificar nos/nas moradores/as de Itapissuma a importância dos/as idosos/as no consumo de bens domésticos da família.METODOLOGIAOs procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa qualitativa e de caráter exploratório consistiram em: leituras bibliográficas que abordavam a temática do consumo, sociedade contemporânea e envelhecimento, observação in lócus com moradores/as de Itapissuma e análises dos resultados obtidos.RESULTADOS A partir das análises percebemos que o apego aos bens domésticos é intensamente presente nas pessoas mais idosas da família. Essas alegam seus valores afetivos e emocionais à durabilidade de um produto antigo, segundo elas, os móveis mais novos não têm qualidade, acabamento e durabilidade.Mesmo com as facilidades de crédito a compra à vista é a forma de pagamento mais utilizada pelos idosos. Há pessoas que não possuem o cartão de crédito, elas alegam seguridade e prevenção contra transtornos futuros, em caso de falecimento não querem deixar a dívida para a família, mas poupar e comprar só o que está dentro do orçamento. A maioria dos idosos/as moram na mesma casa desde a infância, hoje são responsáveis por essas moradias, procuram manter a estrutura física mesmo realizando algumas reformas nos cômodos. CONCLUSÃOA variação das atividades de consumo possui diversas interferências, é evidente que o modo de vida e identidade pessoal são aspectos inteiramente ligados neste resultado. É preciso estarmos atentos e perceber quais as reais necessidades da população idosa, suas contribuições no orçamento familiar e as influências dos membros mais novos nos gastos e compras de móveis e bens domésticos. Para então, poder contribuir com políticas públicas que assegurem a proteção de idosos/as contra práticas abusivas de propagandas e dos próprios familiares.