Este estudo analisa o Referencial Curricular do Rio Grande do Sul para o ensino da Educação Física. O método empregado foi a análise de documento, tendo como referência os debates oriundos das teorias de currículo tradicionais e as críticas. O documento analisado se afirma como ancorado nas teorias críticas. Ressalta sua responsabilidade em tematizar as práticas corporais socialmente sistematizadas (esporte, ginástica, jogo motor, lutas, práticas corporais junto a natureza, atividades aquáticas, práticas corporais e sociedade e práticas corporais e saúde) a fim de problematizar os conceitos e significados atribuídos a elas no meio social. No entanto, notamos a presença de alguns aspectos contraditórios. Concluímos que apesar de anunciar suas bases nas Teorias Críticas, a análise do referencial curricular do Rio Grande do Sul indica a força das teorias tradicionais no documento. Entendemos que se trata de mais uma proposta curricular que expressa a tendência na Educação Física em hibridizar concepções pedagógicas. Fator que reforça discursos hegemônicos já consolidados, fragmenta e minimiza o potencial crítico do componente curricular de Educação Física.