As doenças cardiovasculares são hoje um grave problema de saúde pública, e dentre elas está a Insuficiência Cardíaca (IC) reconhecida, atualmente, como uma síndrome clínica caracterizada por sinais e sintomas de sobrecarga hídrica ou de perfusão tecidual inadequada. A etiologia comumente observada na IC é a doença arterial coronariana, Infarto do Miocárdio (IM), hipertensão, miocardiopatia, além do tabagismo e alcoolismo. A gravidade da IC é classificada pela New York Heart Association (NYHA) de acordo com os sintomas do paciente, em grau I, II, III e IV, e considerando-se a história natural e a natureza progressiva da doença, classificando-a em estágios A, B, C e D. A incidência crescente de IC tem como fato gerador o envelhecimento da população e, por conseguinte, o agravamento ou progressão da doença com a idade, atingindo principalmente indivíduos com mais de 65 anos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu que a insuficiência cardíaca tornou-se uma das prioridades entre as enfermidades crônicas que necessitam de atenção dos setores de saúde em todo o mundo, tendo a assistência de enfermagem um importante papel sobre os resultados do paciente com IC. Para tanto, a Sistematização da Enfermagem (SAE), uma metodologia de assistência que guia o enfermeiro para a aplicação do Processo de Enfermagem (PE), traz segurança e bem-estar ao paciente e qualidade na assistência prestada. O PE estabelece uma sequência de etapas (histórico, diagnóstico, planejamento, implementação, evolução) que segue uma ordem para facilitar as ações de enfermagem essenciais para traçar o Diagnóstico de Enfermagem (DE) segundo a NANDA-I e, com isso, traçar os resultados esperados segundo a classificação dos resultados de enfermagem (NOC) para então planejar as intervenções segundo classificação das intervenções de enfermagem (NIC). A partir disso, a presente experiência foi realizada durante a atividade prática de estágio curricular obrigatório, em que foi implementado o PE a partir da formulação de um plano de cuidados colocado em prática em paciente idoso internado em enfermaria clínica de Hospital Universitário na cidade de Natal-RN, com diagnostico médico de Insuficiência Cardíaca CFIV (estágio A). Além da assistência prestada pela família, médicos, enfermeiros, técnicos e fisioterapeutas, a implementação do plano de cuidados, com base em um DE, apresentou êxito na resolução do diagnostico traçado. Com isso, observa-se a importância da aplicação do PE para a recuperação do idoso hospitalizado, na medida em que organiza as condições necessárias à realização do cuidado ao indivíduo que necessita de uma atenção de modo singular e especializada, ampliando-o, para atingir níveis ideais de saúde física, psicológica, social e espiritual. Assim, há uma prestação de cuidado humanizado focado na obtenção de resultados desejados e satisfatórios, levando-se em consideração as necessidades individualizadas do paciente com a promoção, manutenção ou restauração da sua saúde. Para a prática da enfermagem, o PE contribui no desenvolvimento de habilidades cognitivas, técnicas e interpessoais.