PAZ, Larissa Ferreira De Araújo et al.. Saúde bucal: percepções do idoso. Anais III CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/2852>. Acesso em: 23/11/2024 01:46
O processo de transição demográfica em que o Brasil vem passando, onde a taxa de idosos cresce a cada ano, exige uma discussão sobre a adequação dos serviços de saúde no intuito de buscar melhorias e proporcionar bem-estar e qualidade de vida para esse contingente populacional. Dentre os vários aspectos da saúde do idoso, a saúde bucal merece atenção especial pelo fato de que, historicamente, os serviços odontológicos não possuíam como prioridade a atenção a esse grupo populacional. Conforme Levantamento Nacional de Saúde Bucal, realizado em 2003, pelo Ministério da Saúde, três a cada quatro idosos (75%) não possuíam nenhum dente funcional, e desses, mais de 36% não tinham prótese total. Diante desses dados, percebe-se a precariedade da saúde bucal da população idosa brasileira. No tocante a esse assunto, vale ressaltar que a capacidade mastigatória está intimamente ligada à condição nutricional e esta, à saúde geral dos indivíduos, o que repercute na qualidade de vida. Sendo assim, esse trabalho justifica-se baseado da importância da saúde bucal na qualidade de vida da população idosa. O objetivo da pesquisa foi conhecer a partir da literatura a percepção do idoso sobre a Saúde Bucal. Trata-se de uma revisão de literatura, realizada, no mês de março 2013. Foram utilizados na pesquisa os uni termos: Idoso e Saúde Bucal, sendo excluídos da pesquisa os artigos com 10 anos de publicação. Ao final, a amostra foi constituída de 28 artigos científicos. Os artigos mostraram que a percepção positiva dos idosos e o sentimento de naturalidade frente ao edentulismo são os principais obstáculos na prevenção e promoção da saúde bucal nessa população. Portanto, faz-se necessário que o desenvolvimento de ações voltadas à educação e promoção da saúde da população idosa, estimulados em todos os ambientes sociais, desde a unidade básica de saúde até em seus domicílios, proporcionando mais autonomia, autoestima, satisfação e melhoria da nutrição. Sendo assim, os profissionais de saúde, acadêmicos e comunidade em geral devem estar atentos a essa temática com o intuito de observar as condições clínicas e psicossociais, ampliando os estudos nessa área.