O lixiviado é um subproduto resultante do processo de biodegradação dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) em aterros sanitários, altamente tóxico, cuja geração depende não apenas da umidade intrínseca dos resíduos, mas também dos líquidos oriundos de fontes externas, tais como a precipitação pluviométrica e a recirculação do lixiviado nas próprias células do aterro. Objetivando compreender a geração de lixiviado pela biodegradação de RSU, em termos quantitativos, submetidas às condições hidrometeorológicas do semiárido paraibano, foram construídos lisímetros com diferentes composições e massas de resíduos provenientes do município de Campina Grande-PB. Para este estudo foram confeccionados três conjuntos independentes de lisímetros de PVC, com altura de 1 m e diâmetros de 0,15, 0,20 e 0,25 m; totalizando nove células experimentais que simulam aterros sanitários em escala reduzida. A composição gravimétrica dos resíduos em cada conjunto de lisímetro foi definida pelo percentual de matéria orgânica, sendo de 100% (conjunto RSO), 70% (RSUintermediário) e 40% (conjunto de RSU). Verificou-se, em 150 dias de monitoramento, que a maior geração de lixiviado ocorreu nos três lisímetros de RSO; os quais apresentaram, em função da densidade alcançada, maiores massas de resíduos e umidade inicial. Nos lisímetros de RSUintermediário e RSU, a não geração de lixiviado no período monitorado pode estar associada a maior heteregeneidade desses resíduos, o que implicou em baixas densidades, quando comparadas com os lisímetros de RSO.