O lixiviado gerado em aterro sanitário é um líquido altamente contaminante, devido possuir em sua composição diversos poluentes, entre os quais destacam-se os metais pesados. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi analisar o comportamento dos elementos cádmio (Cd), cobalto (Co) e cobre (Cu) no lixiviado originado em uma célula do Aterro Sanitário de Campina Grande, Paraíba, verificando a interferência do pH em suas concentrações e níveis de toxicidade. O experimento consistiu em coletar e monitorar, durante 150 dias, o lixiviado resultante da Célula 3, do supracitado Aterro. Após as coletas, o efluente in natura foi encaminhado ao laboratório de Geotecnia Ambiental, para a realização do ensaio de pH. Já os ensaios de metais, realizaram-se em Goiânia, Goiás. Durante os primeiros 60 dias de monitoramento, o pH do lixiviado indicou que o os RSU depositados na Célula 3 encontravam-se na fase de fermentação ácida, contribuindo, assim, para uma maior solubilização dos íons metálicos analisados. A partir dos 75 aos 150 dias de avaliação, os valores de pH evidenciaram que o maciço sanitário da Célula 3 estava na fase metanogênica de degradação, no entanto, percebeu-se um aumento nos teores do cádmio, cobalto e cobre. Entre os metais analisados, o cádmio, aos 150 dias de monitoramento, apresentou valor acima do máximo permitido referenciado pela Resolução CONAMA n. 430/2011.