O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma promessa benevolente de
uma política pública que se fez e tornou instituição a partir de um extenso debate na
sociedade brasileira, estimulado pelo movimento sanitário e recebido na Constituição
Federal de 1988. É uma experimentação social que está apresentando sucesso e suas
melhorias são incontestáveis, mas enfrenta grandes desafios e tem de vencê-los
(MENDES, 2011). A Atenção Básica brasileira é desenvolvida com o elevado grau de
descentralização e capilaridade, sucedendo no local mais aproximado da vida das
pessoas. Devem da preferência o contato dos usuários, a primeira entrada e ponto
central de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde.
Com o objetivo de encorajar o aumento do acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica, foi criado o Programa Nacional de Melhoria ao Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) em 2011,
que preserva um padrão de qualidade semelhante no país, região e localidade, de forma
que conceda uma transparência superior e ações efetivas do governo direcionadas à
Atenção Básica em Saúde (DE LIMA, 2012).
Na presente pesquisa foi realizada uma análise da literatura
científica relativo da área. As buscas foram realizadas priorizando estudos efetuados
nos últimos seis anos (2011-2017), incluindo apenas aqueles em língua portuguesa,
tendo o Brasil como país de afiliação e artigos na íntegra. Foi realizada busca de artigos
publicados em periódicos nacionais indexados nas seguintes bases de dados: Bases de
Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online
/Biblioteca Virtual em Saúde (MEDLINE/BVS), Scientific Eletronic Library Online
(SciELO).
De acordo com um estudo de Portela (2013), realizado município de Sobral-CE, a avaliação de programas e serviços na atenção básica é uma ferramenta essencial no processo de melhoria do SUS e não deve ser visto
como um recurso punitivo, no entanto como uma maneira para inovar o sistema de
saúde. Por outro lado Mota (2015), trás em seu estudo o questionamento a respeito do
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQAB),
acreditando que este programa é umas das políticas fundamentais do MS, com
princípios instigam competição entre equipes, e alcançando dessa forma o
reconhecimento por competência totalmente relacionado à quantificação da produção e
aos fundamentos dos resultados, ao invés de validar o direito universal á saúde como
um todo. Tendo em vista que o PMAQ é uma política voltada à qualificação da gestão,
na qual a avaliação do desempenho das equipes está combinada a ceder recursos aos
municípios e unidades que se juntou ao programa (SUMAR, 2014).
As equipes de Saúde da Família atuam cada vez mais como porta de entrada preferencial, atendendo as demandas diversas e exercendo a função de filtro para a atenção especializada (BRASIL, 2012; FAUSTO et al. 2014).
Notou-se no presente estudo que o PMAQ-AB ainda trás controvérsias
em sua implantação, considerando que por ser um programa onde a unidade de saúde
que tiver um melhor desempenho receba bonificação, acaba gerando uma disputa entre
equipes, por outro lado ocasiona um estimulo, proporcionando um melhor desempenho
na atenção básica de saúde.