Introdução: A percepção subjetiva de saúde se configura como a interpretação pessoal que os indivíduos fazem de sua própria saúde. Tal percepção está diretamente dependente das experiências pessoais, dos objetivos e dos mecanismos que as pessoas utilizam para lidar com decepções e fracassos, podendo ainda estar relacionada com as condições físicas e com o comprometimento funcional do sujeito. Embora haja diversos estudos evidenciando a associação entre medidas de saúde objetivas e medidas auto-referidas de saúde, poucos se preocuparam em verificar a relação da percepção de saúde com a interação de diversos fatores, dentre eles a sintomatologia depressiva. Objetivo: Investigar a relação da percepção subjetiva em idosos com a presença de sintomas depressivos. Métodos: Trata-se de um estudo de caráter transversal, no qual a amostra estudada foi composta por idosos com idade acima de 60 anos, de ambos os sexos. Para coleta de dados utilizou-se a Center for Epidemiological Studies – Depression (CES-D) para rastreio da sintomatologia depressiva e a percepção subjetiva de saúde foi avaliada através da questão “Você diria que sua saúde está muito boa, boa, razoável, ruim ou muito ruim?”. Resultados: Foram avaliados 243 idosos, sendo que 67,1% da amostra foi composta por mulheres e a média de idade obtida foi de 70 anos (±7,6). Com relação à presença de sintomatologia depressiva foi observado que 17,6% (43) da amostra apresentou sintomas depressivos. A análise estatística, realizada por meio da correlação de Spearman da CES-D com relação à percepção de saúde, mostrou correlação de 0,359, considerada moderada, com valor de p=0,000 (bastante significativo). Conclusão: Parece haver uma relação direta entre a avaliação subjetiva de saúde com a presença de sintomas depressivos. Palavras-chave: idoso, envelhecimento, depressão, nível de saúde, saúde percebida.