A remoção dos cascalhos gerados durante a perfuração de um poço de petróleo de baixa inclinação é afetada basicamente pelas propriedades reológicas do fluido de perfuração e as propriedades físicas dos cascalhos além da vazão de bombeio do fluido. Evidentemente todas essas variáveis estão sujeitas à influência de inúmeros fatores aleatórios, o que torna a determinação da eficiência de remoção dos cascalhos, ou eficiência de limpeza do poço, um problema de caráter estocástico. Para lidar com problemas desse tipo, pode-se usar uma técnica de simulação conhecida como Método de Monte Carlo (MMC). O objetivo desse trabalho, portanto, é analisar, sob a ótica estocástica, os parâmetros que afetam a eficiência de limpeza do poço. Com isso espera-se gerar dados e subsídios relevantes para a melhor escolha do fluido de perfuração e as condições de trabalho da bomba durante a perfuração, de modo a se maximizar a eficiência de limpeza do poço e preservar as condições ideias de operação. Os resultados mostram que a massa específica do fluido e a vazão de bombeio tem maior efeito sobre o aumento da limpeza do poço, ao passo que a viscosidade do fluido tem efeito muito menor. Dos dados apresentados conclui-se que a análise estocástica do problema de remoção dos cascalhos, através do MMC, apresenta-se como uma poderosa e eficiente ferramenta, podendo ser expandida para outros processos similares. E que se o objetivo é aumentar a qualidade de carreamento dos cascalhos, deve-se orientar ações com o intuito de otimizar os valores das variáveis massa específica do fluido e vazão de bombeio.