A crescente demanda por gás natural tem levado a uma busca constante por tecnologias para seu máximo aproveitamento, ou seja, métodos para evitar ou minimizar a queima inerente aos processos petroquímicos. Um dos pontos a ser atacado é a queima em flares, que são queimadores de gás natural que permanecem acesos para absorver descontroles operacionais e despressurizar o sistema, não utilizando a capacidade calorífica do gás para geração de energia útil. Assim, a atenuação do desperdício evidencia uma oportunidade sob o ponto de vista econômico, uma vez que o gás pode ser utilizado para suprir a demanda por gás combustível dentro da própria unidade. Esse insumo gera um dispêndio considerável para o balanço de faturamento e é um ponto que desperta possibilidade de economia para a gestão da planta. Além dos impactos econômicos, outro fator importante neste cenário está na emissão de gases contribuintes para o efeito estufa, oriunda da queima residual nos flares. Através de uma pesquisa bibliográfica, foi verificado que o Estado da Arte para o tema apontou técnicas de recuperação aplicadas ao redor do mundo, com uma deficiência para o Brasil. O trabalho investiga a viabilidade econômica da recuperação desse potencial energético visando o aumento da eficiência no processamento. Foi feito um estudo de caso da possível recuperação de gás em uma unidade de tratamento de gás, para uso como gás combustível. A recuperação mostrou-se economicamente viável, além de reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa.