Introdução: Com o aumento epidemiológico de enfermidades cardiovasculares e metabólicas, novos estudos vêm sendo desenvolvidos utilizando métodos de avaliação de baixo custo e boa sensibilidade, principalmente em faixas etárias mais susceptíveis as doenças como é o caso dos idosos. O presente estudo teve o objetivo de analisar o risco cardiovascular predito pela circunferência do pescoço e o diagnóstico positivo de diabetes mellitus em idosas obesas. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo que teve como amostra 24 mulheres idosas (64,6±8,0 anos) classificadas como obesas pelo índice de massa corporal (IMC superior a 30 kg/m2), sendo as mesmas participantes de um programa de atividade física realizado em Bayeux (PB). As voluntárias foram submetidas a uma coleta de dados antropométricos por meio de balança digital e estadiômetro para as medidas de massa corporal e estatura para equacionamento do IMC; a circunferência do pescoço foi mensurada através de uma fita metálica inelástica, tendo sido considerada medida de risco valores superiores a 34,2 cm. Informações quanto à presença de diabetes mellitus foram referidas pelas participantes do estudo. A análise dos dados utilizou estatística descritiva de distribuição de frequência. Resultados: A média da circunferência do pescoço foi 34,6cm, tendo 53,3% apresentado uma medida estimada de risco para doenças cardiovasculares. Em relação à prevalência de diabetes mellitus, 29,2% referiram ser acometidas por esse desfecho. Conclusão: Foi evidenciado um elevado risco cardíaco estimado por meio da análise da circunferência do pescoço. As idosas obesas demonstraram uma prevalência de diabetes mellitus inferior a alguns estudos epidemiológicos, o que pode ter sido subestimado pelo método de diagnóstico autorreferido. Por fim, recomenda-se um incentivo ainda maior a políticas públicas que envolvam programas de atividade física para pessoas idosas, para que as mesmas possam usufruir de benefícios mais efetivos em sua saúde.