Introdução: O processo de longevidade social exige novas políticas e formas de intervenção no campo da atenção à saúde, o que vem sendo proposto pelo Ministério da Saúde, ao instituir a Política de Saúde dos Idosos com a Portaria n° 2528/GM de 2006 que propõe a promoção do envelhecimento saudável e a manutenção da máxima capacidade funcional do idoso, tendo a nutrição como foco em todos os programas. O fenômeno do envelhecimento aumenta a necessidade de conhecimento dos fatores que incidem sobre a prevalência das Doenças Crônicas Não Transmissíveis associadas à idade. Um exemplo disso é que taxas elevadas de sobrepeso e obesidade em todas as faixas etárias, incluindo os idosos, vêm sendo observadas no mundo inteiro. O Diabetes mellitus é um dos mais importantes problemas de saúde mundial, tanto em número de pessoas afetadas como de incapacitação e de mortalidade prematura, bem como dos custos envolvidos no seu tratamento. Estudiosos em nutrição investigam as práticas dietéticas na redução ou retardo das consequências que surgem com o diagnóstico de Diabetes Mellitus, já que a boa nutrição está associada ao aumento da qualidade e da expectativa de vida para estes pacientes. Objetivo: Traçar o perfil de idosos diabéticos atendidos em uma instituição pública. Métodos: Foram avaliados 18 idosos de 60 a 78 anos, atendidos no ambulatório de nutrição no Hospital Universitário Lauro Wanderley em João Pessoa/Paraíba/Brasil. O instrumento de pesquisa compreendeu um questionário que incluía variáveis socioeconômicas, dados relacionados à saúde e antropométricos, quantificados e descridos em percentual. Resultados: Dos idosos atendidos 73% eram mulheres, com 33% diabéticos tipo I e 63% são diabéticos tipo II, tendo 78% dos avaliados outras doenças crônicas associadas, em geral a Hipertensão Arterial. Segundo o Índice de Massa Corporal e Circunferência da Cintura 50% dos idosos estão em sobrepeso, sendo 61% com risco aumentado e 39% com risco muito aumentado para doenças cardiovasculares respectivamente. Dos idosos 56% estavam em hiperglicemia seguidos por 22% hipoglicêmicos e adequados. Durante a avaliação 78% se encontravam hipertensos, seguidos por 17% normotensos e 5% hipotensos. Conclusão: Percebeu-se um número aumentado de idosos com diabetes tipo II e risco muito elevado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, tendo em vista a associação do Diabetes a outras doenças crônicas, assim como o índice glicêmico aumentado e pressão arterial elevada. Portanto, se faz necessário manter o acompanhamento nutricional continuado, para melhor qualidade de vida destes idosos.