Dados demográficos apontam um aumento contínuo da proporção de pessoas idosas, trazendo consigo problemas sociais e econômicos. Em 2025, o Brasil terá 32 milhões de pessoas com sessenta anos ou mais, tornando-nos a sexta maior população idosa do mundo. Entre esses problemas devemos considerar o lugar onde viverão esses idosos em nossa sociedade que ainda é tão deficiente no que diz respeito aos serviços e produtos voltados para esse público. Um desses prováveis lugares nos quais se instalam nossos idosos são as Instituições de Longa Permanência (ILPIs), que muitas vezes são mal vistas pela população de um modo geral. Este trabalho visa conhecer a opinião de idosos acerca das instituições de longa permanência. Trata-se de um relato de experiência em um grupo de idosos de uma Unidade Básica de Saúde do município de João Pessoa. Para tal feito foi promovida uma roda de conversa com 10 idosos, de ambos os sexos, com idades entre 60 e 69 anos e proposto o tema em questão para que os mesmos expressassem suas visões positivas e negativas a respeito das ILPIs. Muitos desses idosos demonstram uma visão um tanto quanto negativa dessas instituições, pelos discursos dos mesmos, subentende-se que nesses locais são “abandonados” idosos que não tem pra onde ir e/ou ainda aqueles cuja família não quer ter o trabalho de cuidar. Eles têm ainda uma visão de que os internos são privados de relações sociais e das suas atividades rotineiras, aquelas as quais estavam habituados a praticar no dia-a-dia, referem ainda a descrença de que esses locais possam suprir todas as necessidades dos seus residentes. A realização deste trabalho se mostra relevante pelo fato de ter demonstrado que os idosos têm uma visão negativa das ILPIs e, muitas vezes, essa visão se dá pela veiculação através da mídia dos maus tratos e desamparo vivenciado nesses lugares.