HIV/AIDS E QUALIDADE DE VIDA: ESTUDO COMPARATIVO EM PESSOAS ACIMA DE 50 ANOS
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Estudos comparativos com a população em geral e/ou o uso de medidas que abarquem questões específicas para contexto do HIV têm sido considerados. Este estudo tem objetivo analisar a QV de pessoas com idades igual ou superior a 50 anos e comprar com pessoas da mesma faixa etária, mas sem o diagnóstico de soropositividade ao HIV. MÉTODO: Contou-se com a participação de 86 pessoas com HIV/AIDS acima de 50 anos, sendo a maioria do sexo masculino (57%), tendo a maioria (76,7%) até 8 anos de escolaridade, bem como renda menor que 2 salários mínimos (67,4%). Como grupo comparativo, participaram 86 pessoas com idade igual ou superior a 50 anos da população em geral, sem o diagnóstico de soropositividade ao HIV, com idade variando de 50 a 86 anos (M=58; DP=7,7), sendo a maioria do sexo feminino (57%), também apresentando, na maioria dos casos (57%), até 8 anos de escolaridade, bem como renda menor que 2 salários mínimos (57,3%). A seleção dos participantes se deu de forma não probabilística e acidental. Foram utilizados como instrumentos: Questionário sócio demográfico e a Escala de Qualidade de Vida (Whoqol-HIV Bref). Os dados foram analisados através de estatística descritiva e bivariada. RESULTADOS: Na Avaliação Geral de QV, todos os participantes apresentaram avaliações positivas, sem diferenças significativas entre os grupos. Todavia, quando se analisou a QV por fatores, verificou-se o impacto da AIDS nessa avaliação, uma vez que houve diferenças significativas em relação ao grupo comparativo da população em geral, mais especificamente nos Fatores Físico, Psicológico, Independência e Social. Assim, o impacto da doença é percebido quando afeta a capacidade de desempenho, ou seja, uma QV satisfatória está, de certo modo, associada com a capacidade funcional do sujeito para o desempenho em atividades diárias, de acordo com a idade e o exercício de papéis sociais. 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