Introdução: O envelhecimento bem-sucedido relaciona-se com a maneira pela qual um idoso consegue se adaptar as diversas situações que ocorrem e que abrangem aspectos desde o bem-estar pessoal até a capacidade funcional, ou seja, as questões biopsicossociais. Percebe-se também que esse envelhecimento pode ser com qualidade quando o idoso participa de programas de exercícios físicos e terapêuticos, o que proporciona bem estar físico e psíquico. E é dessa forma que inicia a atuação da Terapia Ocupacional (TO) utilizando a atividade como seu instrumento específico, dando novo significado e sentido para o “fazer” resgatando um senso de funcionamento normal e um sentimento de utilidade e de prazer nos vários estágios do processo de envelhecimento. Objetivo: Descrever a atuação da TO nas atividades de promoção e manutenção da saúde a partir do reforço das capacidades funcionais, facilitando a aprendizagem de funções essenciais e desenvolvendo habilidades adaptativas com o objetivo de auxiliar o indivíduo a atingir o máximo possível de independência. Metodologia: Trata-se de pesquisa descritiva exploratória que foi desenvolvida junto a idosos participantes do Núcleo de Atendimento ao Idoso (NAI) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Pernambuco, durante o período de agosto de 2011 a abril de 2013, sendo os encontros semanais, com atendimento individual e com duração de 30 minutos para cada idoso. No primeiro atendimento é realizada uma avaliação onde se busca identificar as queixas e as necessidades de cada idoso. Resultados: Cada vez mais podemos observar que os idosos têm ido à procura de serviços com queixas de saúde, porém as mesmas devem ser investigadas de maneira adequada. Muitos desses idosos precisam ocupar o seu tempo livre, em decorrência da aposentadoria, viuvez ou solidão, para que não desenvolvam problemas de saúde reais e para que possa aproveitar essa nova fase da vida. Através desse estudo, foi possível verificar que a atuação da Terapia Ocupacional na Gerontologia, apesar de ser abrangente, foi direcionada para o acompanhamento das funções cognitivas, pois muitos dos idosos que procuram o serviço buscam, inicialmente, por queixas de esquecimento. Atualmente, temos 40 idosos que participam do atendimento variando os encontros entre semanais, quinzenais e mensais de acordo com a necessidade após a avaliação. Ao longo dos atendimentos verificaram-se os benefícios das atividades e orientações, pois se vivencia significados existenciais através da expressão de valores, melhora da autoestima, (re) descoberta de competências e habilidades e da necessidade de continuarem fazendo planos de vida. A qualidade de vida da pessoa idosa está ligada a habilidade de manter sua autonomia e independência e, por isso, a Terapia Ocupacional intervém fortemente nessas questões. Conclusão: A atenção ao idoso não deve começar no início de alguma doença ou incapacidade, mas no dia-a-dia diante do próprio processo de envelhecimento estando o mesmo consciente das alterações biopsicossociais que poderão surgir. A Terapia Ocupacional neste serviço trabalha desde a promoção em saúde quanto à prevenção e a reabilitação de acordo com suas reais necessidades, subjetividades, singularidades e complexidades com a finalidade de melhorar a qualidade de vida da pessoa idosa.