INTRODUÇÃO: Em virtude de maior ocorrência de doenças crônicas nos idosos, estes estão sujeitos ao uso de múltiplos medicamentos que implica em um risco aumentado de reações adversas. A polifarmácia pode propiciar o aumento do uso inadequado de medicamentos e favorecer a ocorrência de interações medicamentosas e reações adversas indesejáveis na população idosa. OBJETIVO: Realizar uma revisão de literatura sobre os riscos do uso de polifármacos em idosos. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, o qual seguiu as seguintes etapas: escolha do tema, formulação do problema de pesquisa, seleção de descritores, definição da fonte de pesquisa, seleção e análise dos artigos e interpretação dos resultados. O levantamento bibliográfico foi realizado através de consulta à biblioteca virtual em saúde, sendo selecionados artigos disponíveis na íntegra e em língua portuguesa sem limite de tempo, os quais foram analisados a partir de um instrumento contendo as seguintes características: ano de publicação, região do país, local de pesquisa, tipo de estudo e aspectos relacionados à polifarmácia. RESULTADOS: Foram identificados 22 artigos sobre a temática, dos quais 17 foram selecionados para a revisão. Os estudos foram publicados entre 2008 a 2012, com mais frequência de publicação em 2010, com 5 artigos. Desenvolvidos nas regiões Sudeste (52,94%), Sul (35,30%), Nordeste (5,88%) e Centro-oeste (5,88%). O estado de Minas Gerais, com 5 publicações, foi o que obteve maior número de publicações acerca do tema. Os achados mostraram que a frequência do uso de 3 a 11 medicamentos predominou em idosos de 60 a 79 anos, do sexo feminino, casadas, com baixa renda e baixo nível de escolaridade, portadoras de doenças cardiovasculares, gastrointestinais e crônico-degenerativas. A partir da análise dos estudos, foi possível perceber que a polifarmácia está associada ao aumento do risco e da gravidade das reações adversas a medicamentos, de interações medicamentosas, causar toxicidade cumulativa, ocasionar erros de medicação, reduzir a adesão ao tratamento e elevar a morbimortalidade dos idosos. As informações obtidas mostram que com o reconhecimento desses determinantes pode-se evitar a ocorrência de reações adversas futuras, planejamento para um tratamento correto e redução de risco para a população estudada. CONCLUSÃO: O uso simultâneo de medicamentos contribui para o aparecimento de efeitos adversos indesejáveis. Esses efeitos podem ser amenizados com uma prescrição adequada, bem como com ajustes de doses e períodos de tempo determinados no tratamento. Da mesma forma, é imprescindível a educação permanente dos profissionais de saúde para promover a saúde dos idosos, alcançar a redução dos efeitos indesejáveis dos medicamentos e atingir melhores resultados na terapêutica.