INTRODUÇÃO: Desde a infância, a percepção corporal é de suma importância para interação e adequação no meio. Essa autopecepção do corpo deve ser instigada e exercitada em todas as etapas da vida, pois a desconfiguração da autopercepção reflete nos sistemas corporais e mentais do indivíduo, desde a infância até a velhice. OBJETIVO: Analisar as relações entre o índice de massa corporal (IMC) e a autopercepção da imagem corporal. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de campo do tipo descritiva com caráter quantitativo. Participaram do estudo 32 idosos com idade variando entre 60 a 82 anos, usuários do Programa de Saúde da Família do bairro de Emaús – Parnamirim/RN, em 2013. A massa e a estatura foram autoreferidas e para avaliar a percepção da imagem corporal, utilizou-se a escala de silhuetas de KAKESHITA (2008). RESULTADOS: Houve diferença significativa entre o IMC das figuras escolhidas em relação ao IMC real. 81,25% dos idosos submetidos ao teste erraram na escolha da silhueta que lhes correspondiam e apenas 18,75% acertaram nas silhuetas. No grupo dos idosos que não acertaram, 88,47% dos idosos possuem uma visão distorcida para menos massa corporal, ou seja, eles escolheram silhuetas que correspondem a índices de massa corporal menores do que os valores reais e apenas 11,53% escolheram silhuetas que possuem índices maiores do que os correspondentes. CONCLUSÃO: A terceira idade, já prejudicada pela escassez de habilidades não exercitadas para autopercepção do corpo é a que é mais prejudicada e merece maior atenção e cuidado, pois essa erronia conscientização corporal já está impressa em seu mundo. Cabe ao profissional da Educação Física um olhar mais presente nessa temática, tendo em vista que distorções na percepção corporal podem ocasionar problemas e síndromes perigosas para um idoso.