INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a doença crônica não transmissível mais prevalente entre idosos. O diagnóstico da HAS e o conhecimento dos seus fatores de risco são aspectos necessários para garantir maior controle, melhor opção de tratamento e diminuição do número de hospitalizações e complicações em decorrência da doença. Dessa forma, monitorar e analisar a prevalência e os fatores determinantes e condicionantes referentes à HAS é fundamental para o planejamento de ações na área da saúde. OBJETIVO: Este estudo verificou a prevalência de HAS e fatores associados em idosos de Campina Grande/PB. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, de base populacional e domiciliar. Foram verificadas prevalências de HAS diagnosticada, referida e controlada e suas associações com variáveis sócio-demográficas. Para identificar os fatores associados à HAS foram realizadas análises de regressão univariada e multivariada, por meio do aplicativo estatístico livre R. RESULTADOS: Foram avaliados 806 idosos (69,1% mulheres). A HAS foi diagnosticada em 75,6% dos idosos (78,0% mulheres). Foi observado que os homens apresentaram risco 33,8% menor de serem diagnosticados com HAS quando comparados às mulheres; os idosos do grupo etário de 70 a 79 anos apresentaram risco 78,9% maior de diagnóstico de HAS que idosos mais novos (60 a 69 anos); e os idosos com menos de oito anos de estudo apresentaram risco 74,2% maior de terem o diagnóstico da doença quando comparados aos idosos com oito ou mais anos de escolaridade. Quanto à HAS referida, foi observado que a proporção de idosos que apresentavam conhecimento sobre o diagnóstico de HAS foi de 59,8%, (64,1% mulheres). Foi observado que idosos do sexo masculino apresentaram risco 43,7% menor de referirem HAS quando comparados às mulheres; e idosos não brancos apresentaram risco 36,9% maior de referirem HAS quando comparados aos idosos brancos. Sobre a HAS controlada, observou-se que o controle da HAS foi encontrado em 44,0% dos idosos (42,4% mulheres). Foi observado que os idosos da cor não branca apresentavam risco 35,6% menor de possuírem HAS controlada quando comparados aos idosos de cor branca; e idosos com menos de oito anos de estudo apresentavam risco 44,3% menor de possuírem HAS controlada quando comparados aos idosos com oito anos ou mais de estudo. CONCLUSÃO: Os idosos deste estudo apresentaram elevadas prevalências de HAS, assim como baixos níveis de controle da doença, o que torna fundamental o seu constante monitoramento e avaliação, visando o diagnóstico precoce e a prevenção de complicações.