Introdução: O envelhecimento como processo natural se torna comum a todos os seres vivos. É possível envelhecer com qualidade de vida desde que os cuidados com a saúde permaneçam bem executados, e agravantes que conduzam a saúde ao estado de fragilidade, sejam evitados. De acordo com o Censo 2010, 10,8% da população brasileira têm 60 anos ou mais. No estado da Paraíba, esse índice corresponde a 11,98%. A drogadição acelera o processo senil, resultando em prejuízos cognitivos e motores. Assim, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) fornece tratamento para a reabilitação de drogadictos de todas as faixas etária, inclusive a idosos. Objetivos: Este estudo visa identificar a qualidade da marcha da população idosa, com 60 anos ou mais, em tratamento em uma unidade do CAPS AD em Campina Grande-PB. Metodologia: Trata-se de pesquisa qualitativa descritiva, desenvolvida no Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) da cidade de Campina Grande-PB, realizada entre os meses de fevereiro a abril de 2013. A amostra compreendeu 10 sujeitos, em tratamento da dependência química na instituição, com idade entre 60 e 67 anos. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a Escala de Avaliação da Marcha – Índice de Tinetti, mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido pelo químico dependente. Resultados: Dos idosos investigados 9 eram do sexo masculino. Quanto à dependência química, observou-se que nove dentre os dez idosos tiveram problemas com o alcoolismo. Com relação à mobilidade, dos sujeitos investigados, nenhum alcançou a pontuação máxima no teste, referida como 12 pontos. Apenas um sujeito alcançou 5 pontos, outro apresentou pontuação de 8, enquanto outros cinco atingiram 9 pontos. 3 sujeitos atingiram valor acima de 10 pontos. Diante do processo de envelhecimento humano, a potencialidade da mobilidade tende a cair, favorecendo, inclusive, as quedas e lesões. Entretanto, o uso de drogas psicotrópicas como álcool, cigarro e outros causam o envelhecimento prematuro das funções neuropsicológicas e possivelmente do cérebro. .São escassos os estudos sobre a qualidade de marcha entre dependentes químicos idosos.Conclusão: Dos 10 sujeitos estudados 9 eram do sexo masculino e uma do sexo feminino. A descoordenação psicomotora e andar vacilante observado em 100% da amostra, apresentam-se como sintomas decorrentes de alto consumo de álcool e não apenas do processo de envelhecimento. Tornam-se imprescindíveis novos estudos sobre marcha entre dependentes químicos idosos visando encaminhamentos para melhor qualidade de vida.